ALESC: Deputados rechaçam proposta de voto em lista fechada para 2018

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Os deputados rechaçaram com veemência o voto em lista fechada, atualmente discutido no Congresso Nacional. “A lista fechada possibilita um fortalecimento dos partidos e da democracia intrapartidária, mas neste momento vai servir para acobertar as pessoas que não se elegeriam no modelo atual. Defendo a lista fechada como um modelo que deve ser perseguido, mas é casuísta neste momento histórico”, ponderou Fernando Coruja (PMDB) na abertura da sessão da tarde desta terça-feira (28) da Assembleia Legislativa.

Ismael dos Santos (PSD) discordou em parte do colega. “Respeito a sua postura e principalmente a autoridade que tem no assunto, mas neste momento estamos em campos opostos. Concordo que é casuísmo, efetivamente quais serão os critérios para estar na lista? Tenho medo que os partidos virem balcões de negócios”, argumentou Ismael.

Cesar Valduga (PCdoB) também criticou a lista fechada. “Vai perpetuar os barões da política, precisamos de uma reforma ampla e não uma para beneficiar uns caciques que querem escapar da Lava Jato”, disparou Valduga. “Meteram a mão no dinheiro público e estarão no topo da lista, que será um biombo para esconder o indivíduo que não tem coragem de pedir voto, por isso querem acabar com voto na pessoa, no rosto, no serviço prestado, isso fortalece o caciquismo”, reforçou Darci de Matos (PSD).

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Maurício Eskudlark (PR) seguiu os colegas. “Os caciques desejam se perpetuar, agora que temos a possibilidade com as redes sociais de renovação, querem simplesmente encontrar uma forma de serem os primeiros da lista, é um retrocesso”, assegurou o parlamentar.

Escola Oswaldo Rodrigues Cabral
Após a leitura da ata da sessão anterior, a deputada Ana Paula Lima (PT) leu uma carta endereçada aos deputados estaduais por alunos da EEB Osvaldo Rodrigues Cabral, de São José. Os alunos alertaram que a cidadania não é respeitada no país, assim como direitos na saúde, educação e segurança pública, impedindo a cidadania plena.

Os estudantes sugeriram combater a corrupção, o preconceito social, racial, religioso e sexual; cuidar do meio ambiente; o respeito às leis pelos cidadãos; saneamento básico; acesso à moradia e transporte; mais segurança e defesa do patrimônio público.

Carne forte
Altair Silva (PP) destacou a decisão do Chile, Egito, Hong Kong e China de continuar comprando carne brasileira. “A carne produzida no estado é reconhecida no mundo inteiro, criamos um modelo competitivo, uma história construída com muito tempo e trabalho”, afirmou Altair, que lembrou o status sanitário de Santa Catarina de área livre de febre aftosa sem vacinação. “Agora todos com mais calma, vamos recuperar os mercados, a própria Polícia Federal reconhece que poderia ter conduzido (a operação) de forma diferente”, discursou o representante de Chapecó.

Ajude o menino Jonatas
Darci de Matos pediu a ajuda dos catarinenses para que a família do menino Jonatas, que sofre de atrofia muscular tipo 1 espinhal, consiga arrecadar R$ 3 milhões. “Existe um medicamento nos EUA ainda não liberado pela Anvisa que traz ótimos resultados, mas custa R$ 3 milhões. O Brasil inteiro está ajudando, já foram arrecadados R$ 408 mil”, informou Darci, que assegurou que a cada dia o menino está mais debilitado. “O caso está provocando uma comoção, apelo a todos que possam ajudar”, pediu Darci.

Sustação de decreto
Padre Pedro Baldissera (PT) revelou que a Comissão de Pesca e Aquicultura decidiu solicitar à bancada federal barriga-verde que aprove projeto de lei sustando o Decreto Federal nº 9.004, para revogar a anexação da Secretaria de Aquicultura e Pesca e o Conselho Nacional de Aquicultura e Pesca ao Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços. “Precisa tramitar em regime de urgência”, defendeu Baldissera.

Cadeia para quem recebeu a obra
Maurício Eskudlark defendeu a prisão do servidor público que assinou o recebimento de parte das obras do Colégio São Miguel, da cidade homônima do Extremo Oeste. “Começou com R$ 2,8 milhões, já foi para R$ 3,5 milhões e parece que agora estão fazendo alteração no contrato, mas as obras continuam abandonadas, tem piso metade de uma cor e metade de outra. Quem deu o recebimento tem de ir para cadeia e ressarcir os cofres públicos”, disparou o deputado.

BR-477
Antonio Aguiar (PMDB) previu para 2018 a inauguração do trecho da BR-477 entre Doutor Pedrinho, no Alto Vale do Itajaí, e Moema, no Planalto Norte. “O dinheiro está depositado no banco, não pode mais ser aplicado em outro lugar, por isso a obra será inaugurada ano que vem”, informou Aguiar, acrescentando que a rodovia será fundamental para o crescimento e desenvolvimento regionais. “Haverá uma divisão grande do fluxo rodoviário, em vez de passar por Joinville, vai passar por Blumenau e seguirá para o porto de Itajaí”, explicou o deputado.

Udo governador
Aguiar defendeu na tribuna a candidatura do atual prefeito de Joinville, Udo Döhler, para o cargo de governador em 2018. “Pedro Ivo Campos foi prefeito de Joinville, renunciou e foi governador; Luiz Henrique da Silveira também foi prefeito, renunciou e foi governador; agora temos em Udo a esperança e a expectativa de que também faça esse gesto e renuncie ao mandato para ser nosso candidato a governador. É um empresário de bem e vai trazer crescimento e desenvolvimento”, garantiu Aguiar.

Pedágio em São João do Sul
Manoel Mota (PMDB) criticou duramente a implantação de uma praça de pedágio na BR-101 em São João do Sul, próximo da fronteira com o Rio Grande do Sul. “Os municípios de Passo de Torres e São João do Sul serão penalizados e o dinheiro vai para o Rio Grande do Sul, não vamos aceitar este posto de pedágio, se fizerem vamos destruir, não vai ser construído de jeito nenhum”, avisou Mota, que causou espanto nas galerias ao divulgar que o valor cobrado será de R$ 9,60.

Nome social
Cesar Valduga comunicou que protocolou projeto de lei instituindo o nome social para transexuais em Santa Catarina. “É uma oportunidade de respeito e de combate ao preconceito e à violência, um exercício de nos colocarmos no lugar do outro para entender o sofrimento de alguém que não se reconhece mulher ou que não se reconhece homem”, defendeu o representante do PCdoB.

Vítor Santos
Agência AL
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