Blumenau e Itajaí são as cidades de SC com mais casos de influenza em 2017

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Não há consenso entre autoridades e especialistas, que evitam bater o martelo e determinar uma causa específica, mas o período de frio, umidade e chuva tem sido um dos principais facilitadores para que o vírus da gripe se espalhe pelo Vale do Itajaí. Prova disso é que Blumenau e Itajaí lideram a lista de cidades no Estado com registros de influenza neste ano, com 19 e 11 casos, respectivamente, segundo a vigilância epidemiológica de Blumenau e a Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina (Dive-SC). Na maioria dos casos a doença está relacionada ao vírus H3N2 e, em todo o Estado, o subtipo já causou 16 mortes – uma delas em Blumenau. Na cidade, todos os casos são de H3N2, confome a vigilância municipal.

Para o infectologista Ricardo Freitas, ainda não há uma explicação para o número de casos na região, mas o período de frio e chuva pode ajudar a entender a situação, já que as pessoas tendem a ficar mais em casa e em ambientes fechados – o que favorece a gripe. A gerente de imunização da Dive-SC, Vanessa Vieira da Silva, aponta que no clima frio e úmido o vírus se multiplica mais e também permanece mais tempo no ar, disseminando-se com maior rapidez.

– Não existe um motivo específico, mas isso é um facilitador para a gripe, pois cria o ambiente perfeito para que o vírus se espalhe – explica Vanessa.

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A gerente de Vigilância Epidemiológica de Blumenau, Rosana Benvenutti, diz não saber explicar por que a região tem concentrado mais casos, mas pontua que o número de ocorrências registradas até agora não chega a ser expressivo se comparado com a população de mais de 300 mil pessoas de Blumenau. Se por um lado o clima mais frio traz ambientes fechados e mais propícios para os vírus, por outro a cobertura de vacinação, que em Blumenau atingiu 120.157 pessoas – equivalente a 110% da meta estabelecida –, é vista como uma aliada para inibir novos casos nas próximas semanas de temperaturas baixas.

– Dá certa tranquilidade, porque é quase um terço da população que foi vacinado. A gente vai continuar com atenção, principalmente nos grupos como gestantes e trabalhadores da saúde, que ficaram abaixo da meta – avalia.

Em Itajaí, a diretora da Vigilância Epidemiológica Sandra Ávila também não arrisca análises sobre a incidência maior de casos de gripe na região, mas ressalta que o trabalho de divulgação e oferta de vacinas deve ajudar a manter uma média baixa ao longo do inverno. Em Itajaí, a cidade teve um alcance geral de 87,5% – cerca de 50 mil pessoas imunizadas – dos grupos de risco na campanha de vacinação.

Para o especialista Ricardo Freitas, o número de casos não chega a ser preocupante, mas há um medo em relação à mortalidade da gripe. Para ele, o alto número de casos registrados deveria refletir em mais pessoas se vacinando por precaução, mas isso não ocorreu.

Fonte: O Sol Diário

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