“Crime do freezer”: O crime que marcou a história de Balneário Camboriú.

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Poucos sabem ou lembram, mas um crime chocou o país nos anos 90 em Balneário Camboriú.
O crime que ficou conhecido como “Crime do Freezer”, aconteceu dia 1º de Janeiro de 1996 mas só foi descoberto em 22 de fevereiro.

Saiba mais sobre o “Crime do Freezer”

Em 1996, Osni Antunes entrou para a história da crônica policial brasileira, chamando a atenção de todo o País para a cidade.
Ele é acusado de matar sua companheira Maria das Graças Mendes e o enteado Washington Luiz de Carvalho. O crime aconteceu no primeiro dia de 1996 na lanchonete São Roque, de propriedade da família, na Rua 1500 esquina com a Av. Brasil.

O que chocou o País, e particularmente Santa Catarina, foi o modo sistemático que o suposto assassino usou para esconder os corpos e depois, friamente, fugir da cena do crime para ser descoberto somente 52 dias depois. Osni foi localizado dia 1 º de março de 1996, na cidade de Russas, interior do Ceará.

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O acusado teria matado mãe e filho e escondido seus corpos em um freezer. Os corpos só foram descobertos porque a Celesc cortou a luz da lanchonete que a família havia alugado.
Em 22 de fevereiro daquele ano, o mal cheiro espalhou-se pela região. Os vizinhos chamaram a polícia, que depois acionou a Vigilância Sanitária, porque havia suspeita de que houvesse carne, usada no preparo de lanches, estragada.

Marca nos braços mostra que vítima teria resistido

Os corpos de Maria das Graças, 44, e Washington, 21, estavam em avançado estado de decomposição. De acordo com o laudo do Instituto Médico Legal (IML) de Itajaí, a morte de Maria das Graças foi provocada por duas perfurações na cabeça. Washington morreu com um facada no pescoço que atingiu a veia jugular. Nos braços de Maria das Graças haviam marcas, o que, de acordo com o laudo do IML, significa que ela tentou se defender.

Premeditado

Outra característica do crime do freezer foi descoberto horas depois dos corpos. O assassino havia deixado uma dezena de cartazes coloridos, feitos com cartolina, no andar superior da lanchonete onde estavam os freezers com os corpos. Nos cartazes havia pedidos para que o então repórter policial Gil Gomes (na época no programa “Aqui Agora”, do SBT) viesse a Balneário fazer uma reportagem sobre o crime.

Gil Gomes nunca apareceu, assim como nunca vieram os produtores para um filme sobre “os congelados na 1500”, como o assassino denominou o crime. O criminoso pedia que um produtor fizesse um filme sobre o duplo homicídio. As cartas encontradas na lanchonete, e supostamente assinadas por Osni, garantiam que o crime teria ocorrido às 6h30 do dia 1º. Osni, durante o inquérito policial, disse que Maria das Graças havia pedido que ele a matasse e que depois matasse Washington.

A Condenação

O julgamento de Osni, acusado pelo duplo assassinato, foi marcado outras duas vezes. No entanto o advogado que o defende, Lauro Inácio, entrou com recurso sobre a sentença de pronúncia no Tribunal de Justiça do Estado (TJE). O advogado alegou que a sentença emitia juízo de valor, fato que comprometeria seu cliente antes mesmo de o julgamento iniciar. “Os juízes se pronunciaram em cima do mérito da sentença, coisa que não podem fazer porque se isto acontecer estarei em desvantagem”, afirma.
No fim das contas, ele foi condenado a 22 anos e oito meses de prisão. Após a sentença, em março de 96, passou a viver no cadeião de Balneário até 2001. De lá, Osni foi para a penitenciária de Florianópolis.

E Hoje em Dia?

Em Junho de 2008, Osni teve sua liberdade provisória decretada em regime condicional. De acordo com o Advogado que o defendia até 2009, ele ganhou o benefício por bom comportamento.
Tudo indica que ele continua morando em Florianópolis, já que o processo rola no fórum da capital. Pelo menos uma vez por mês, o prisioneiro tem que passar lá pra assinar o livro dos “enjaulados” e garantir a condicional. O antigo advogado de Osni, Lauro Fernando Souza Ignácio, conta que não sabe do paradeiro do ex-cliente desde que o processo foi encerrado.
A pena de Osni termina no ano de 2018.

Fontes: Lendas Urbanas / Diarinho / Jornal Página 3

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