Equipe de Combate à Dengue vistoria imóveis próximos a foco do Aedes Aegypti em Camboriú

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A equipe do Programa de Combate à Dengue realizou, durante todos os dias desta semana, vistoria em imóveis dos bairros Centro e São Francisco de Assis, onde foi identificada presença de larva do mosquito Aedes Aegypti na segunda-feira, em uma das armadilhas deixadas pelos servidores. O trabalho, chamado de Delimitação de Foco (DF), é realizado sempre que a larva do transmissor de doenças como Dengue, Zica e Chikungunya é encontrada. Ao todo, existem hoje 183 armadilhas espalhadas pelo território de Camboriú.

“Na Delimitação de Foco, visitamos todos os imóveis localizados num raio de 300 metros do foco positivo, que é a área de alcance do mosquito. Vamos casa por casa, fazendo a limpeza dos pontos em que pode haver proliferação”, explica o supervisor de campo do Programa de Combate à Dengue, Fábio Murilo de Souza. Os resíduos colhidos nessa limpeza, como pneus e outros objetos que podem acumular água parada, são levados para o Ecoponto de Camboriú, que fica no bairro Rio Pequeno. “O Ecoponto pode ser utilizado por toda a população. É uma maneira de dar o destino final correto aos resíduos, não poluindo o meio ambiente”, defende Fábio.

As 183 armadilhas são vistoriadas todas as segundas e terças-feiras. Fábio Murilo também explica que as armadilhas são um terço de pneu cortado, a 80 cm do chão, onde as fêmeas de mosquito depositam larvas. Essas larvas são coletadas e analisadas no laboratório do Programa de Combate à Dengue, que fica na Policlínica Municipal. Caso seja identificada larva de Aedes Aegypti, a equipe segue imediatamente para o procedimento de Delimitação de Foco.

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Além desse serviço, os servidores do Programa também monitoram a cada duas semanas os 55 pontos estratégicos no Município: cemitérios, ferros velhos, borracharias, floriculturas, depósitos de sucata e demais locais com pouca ação humana e muitos pontos de acúmulo de água parada, que permitem a rápida proliferação do mosquito.

Prevenção e consciência

O trabalho preventivo de Combate à Dengue em Camboriú tem sido realizado com especial esforço nos bairros Taboleiro e Monte Alegre, com visitas em todos os imóveis a cada dois meses, por serem considerados bairros infestados. São aproximadamente  11 mil imóveis nessa área, mas a prevenção, porém, não é o suficiente para controlar a reprodução do mosquito: é preciso contar com a consciência da população. É o que explica o coordenador do Programa de Combate à Dengue, Maurício Costa.

“Nosso trabalho é contínuo, mas a efetividade dele também depende muito da população. As crianças, muitas vezes, demonstram mais consciência que os adultos. Todos sabem que não podem deixar água parada, ou objetos que possibilitem o acúmulo de água e a proliferação do mosquito. Mas é preciso ter atitude”, argumenta Maurício.

Mesmo não tendo registro das doenças transmitidas pelo mosquito, a presença de larvas do Aedes Aegypti já foi identificada em todos os bairros da área urbana de Camboriú só neste ano. Até agora, em 2017, foram encontrados 187 focos das larvas na cidade – número maior do que o total de focos identificados durante o ano passado inteiro, que foi 107.

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