Falta de sardinhas na costa de SC impulsiona importação nas indústrias enlatadoras

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A falta de sardinhas na costa catarinense obrigou as indústrias de processamento a recorrerem para a importação. As empresas calculavam que pelo menos metade da matéria-prima usada neste ano seria brasileira. No entanto, a quantidade de sardinhas que chegou às indústrias não alcançou ainda 600 toneladas. Até agora, 95% do pescado utilizado na safra nacional veio da costa africana e do Oriente Médio.

O problema é que, com a expectativa de uma boa safra local, o estoque de importação foi reduzido e as empresas agora correm atrás de peixes de fora para não paralisar a indústria. Na Gomes da Costa, em Itajaí, a maior enlatadora de pescados do país, a falta de sardinhas já chegou a frear o volume de produção.

Ivan Füchter, diretor industrial da empresa, diz que até 2014, 70% do produto utilizado pela empresa era nacional e 30% importado. No ano passado, os percentuais inverteram. Mas esperava-se que esta safra seria acima da média no país. A empresa reforçou, inclusive, o número de trabalhadores no processamento.

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A crise na pesca não reduziu a força de trabalho na indústria, até porque a estimativa da Gomes da Costa é fechar o ano com 65 mil toneladas de sardinhas enlatadas. Entretanto, a necessidade de utilizar o pescado importado pode aumentar o preço do produto nos supermercados.

A sardinha de importação custa 35% mais para a indústria. A tendência é que parte desse percentual seja repassado para o consumidor final a partir de maio.

O Sol Diário

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