Oficial de cartório acusado de matar a namorada modelo é preso em SC

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O oficial de cartório Paulo Odilon Xisto Filho, de 36 anos, acusado de ter matado a namorada, a modelo gaúcha Isadora Viana Costa, de 22 anos, foi preso na tarde desta segunda-feira (16) pela Polícia Civil. O assassinato ocorreu no dia 8 de maio, em Imbituba, no Sul do estado.

A Justiça decretou a prisão preventiva de Paulo na tarde desta segunda, depois de ter negado dois pedidos de detenção do acusado. O oficial de cartório é réu por homicídio qualificado (motivo fútil, com pouca chance de defesa da vítima e feminicídio), e foi preso no cartório do qual é titular.

A defesa do oficial de cartório disse que considera “desnecessária” e “descabida” a prisão porque Paulo nega o crime está ajudando na apuração do caso.

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O Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) acusa Paulo de ter imobilizado a namorada após uma discussão e de ter dado golpes no abdômen dela, quando o casal estava sozinho no apartamento dele, provocando a morte.

Isadora era natural de Santa Maria (RS). Uma amiga do réu, que é advogada, teria alterado a cena do crime e responde na Justiça por fraude processual.

Relacionamento conturbado

Conforme a denúncia do MPSC, Paulo conheceu Isadora em Santa Maria (RS) em março deste ano e naquele mês começaram a namorar. No dia 22 de abril, a jovem aceitou o convite para passar uns dias no apartamento dele, em Imbituba.

A acusação afirma que depois que a jovem passou a conviver com o namorado, a modelo disse a amigas que Paulo ficava agressivo e descontrolado quando estava sob efeito de drogas.

A investigação da Polícia Civil apontou que na noite do crime, o oficial de cartório passou mal, espumando pela boca, e a namorada chamou a família dele. Ele não teria gostado da atitude porque os familiares não sabiam que ele usava drogas, informou o delegado Raphael Rampinelli. Após os parentes deixarem o apartamento, o casal discutiu e Isadora foi agredida.

Na madrugada da morte, a modelo deveria ter pego um ônibus em Tubarão para voltar a Santa Maria.

Prisão

O primeiro pedido de prisão preventiva de Paulo foi feito pela Polícia Civil, sem respaldo do MPSC, e negado pela Justiça em 4 de junho. Na ocasião, foi decretado o cumprimento de medidas cautelares, entre elas não ingerir bebida alcoólica, não se aproximar de envolvidos no inquérito nem deixar a comarca durante o andamento do processo.

Novo pedido de prisão foi negado em 5 de julho. Na solicitação, a Polícia Civil afirmou que o réu descumpriu parte das cautelares e que estaria havendo coação do delegado durante as investigações. Justiça, porém, determinou busca e apreensão.

Depois que esse mandado foi cumprido na pousada em que Paulo vive atualmente, em Imbituba, o MPSC pediu a prisão do acusado, que foi decretada pela Segunda Vara Criminal de Imbituba.

Paulo não resistiu à prisão, informou a Polícia Civil, e fará exame de corpo de delito no IGP (Instituto Geral de Perícias) de Tubarão. Depois, será levado para a Unidade Prisional (UPA) de Imbituba.

G1

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