Parentes de vítimas do voo da Chapecoense deixam a Bolívia sem demandas atendidas

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Familiares das vítimas do voo do clube Chapecoense, acidentado em 2016 em uma aeronave da LaMia, deixaram a Bolívia sem respostas sobre o pagamento de uma indenização que até agora não chegou, informaram nesta segunda-feira (15) ao saírem do país.

“Encontramos resistência da seguradora, que não nos deu as respostas que viemos buscar”, afirmou Fabianne Belle, viúva de Cesinha, um dos preparadores físicos da equipe catarinense. Ela encabeça uma fundação de vítimas e familiares ao lado de Mara Paiva, viúva do comentarista Mário Sérgio.

O grupo de familiares chegou há uma semana à Santa Cruz, 900 km a leste de La Paz, para buscar uma indenização. No entanto, disse que a empresa de seguros Bisa não deu nenhuma resposta, salvo a existência de um fundo solidário que não cumpre a expectativa.

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A empresa não ofereceu nenhum comentário sobre o assunto.

“O que está acontecendo aqui é uma falta de resposta por parte da seguradora Bisa”, disse nesta segunda-feira à televisão Gigavisión o advogado Rómulo Peredo, que lamentou que os diretores da seguradora “não quiseram dar as caras”.

O advogado brasileiro Josmeyr Oliveira adiantou que os familiares vão decidir no Brasil quais medidas tomarão. Na semana passada, ao chegar à Bolívia, Oliveira afirmou que “não recebemos nem um centavo” quando o acidente está prestes a completar dois anos.

O avião da LaMia partiu de Santa Cruz com jogadores da Chapecoense a bordo, após serem transferidos de um voo comercial procedente do Brasil.

Uma investigação de autoridades colombianas concluiu que a aeronave caiu pouco antes de chegar ao aeroporto colombiano José María Córdova, em 28 de setembro de 2016, por falta de combustível.

Setenta e uma pessoas perderam a vida, entre elas 19 jogadores, 14 membros da comissão técnica e nove dirigentes do clube catarinense. Apenas seis ocupantes sobreviveram ao acidente: uma aeromoça, um técnico de aviação, um jornalista e três jogadores.

Autoridades bolivianas apontaram como responsáveis funcionários aeroportuários e de aviação civil e da própria empresa, por terem cometido graves falhas técnicas para a realização do voo fatídico.

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