Pescador morto por mordida de tubarão é levado à Paraíba

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A tripulação do barco Alemão Pescados chegou no início da manhã de sexta-feira à Delegacia dos Portos de Itajaí, com o corpo do pescador Linaldo Galdino de Brito a bordo.

Vítima de uma mordida de tubarão no convés da embarcação na terça-feira, no litoral do Rio Grande do Sul, o corpo de Linaldo, que tinha 32 anos, foi levado à Paraíba, seu estado natal, onde será sepultado. Detalhes sobre o traslado não foram divulgados.

A Marinha instaurou um inquérito para apurar as circunstâncias da morte do pescador.

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A pesca de espinhel ou long line, praticada pelo barco Alemão Pescados, utiliza uma linha com vários quilômetros, que tem anzóis submersos em toda a sua extensão. Essa modalidade é usada para capturar peixes de grande porte, como tubarões (ou cações) e atuns, distante da costa e em áreas de grande profundidade.

Nesse tipo de pescaria, os peixes são trazidos para o barco com a ajuda de um carretel, que tem um guincho hidráulico. Presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Empresas de Pesca de Santa Catarina (Sitrapesca), Eros Martins explica que os pescadores evitam tocar nos tubarões. O anzol só é retirado depois que o animal morre, já no convés.

— É uma pesca perigosa, porque o animal está acuado e pode morder o que estiver ao alcance. Já soube de pescadores que perderam membros no espinhel, mas morte é a primeira vez que ouço falar — diz.

Luiz Augusto Coelho, dono da embarcação, diz que Linaldo conhecia bem o ofício. O pescador tinha formação e trabalhava há pelo menos cinco anos com espinhel. Era a primeira vez que ele trabalhava no barco Alemão Pescados. Estava contratado há sete dias, para uma viagem que duraria três semanas.

(Por Dagmara Spautz – O Sol Diário)

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