PF indicia Sérgio Cabral, ex-primeira dama e outras 14 pessoas

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A Polícia Federal informou nesta sexta (2) que encerrou em 30 de novembro a primeira fase do inquérito da Operação Calicute, que investiga o desvio de recursos públicos federais em obras realizadas pelo governo do Estado do Rio de Janeiro. Entre os indiciados estão o ex-governador do Rio Sérgio Cabral (PMDB), a ex-primeira dama Adriana Ancelmo e outras 14 pessoas.

Os crimes vão de corrupção passiva e ativa a organização criminosa e lavagem de dinheiro. Segundo a PF, “serão instaurados ainda outros inquéritos policiais para aprofundamento de novas vertentes da investigação”.

Além de Cabral e Adriana, também foram indiciados Wilson Carlos Cordeiro da Silva Carvalho (ex-secretário de Governo),  Carlos Emanuel de Carvalho Miranda (sócio de Cabral na empresa SCF Comunicação e apontado como recebedor de dinheiro sujo), Luiz Carlos Bezerra (ex-assessor da Presidência da Alerj), Hudson Braga (ex-secretário de Obras), Wagner Jordão Garcia (ex-assessor do governador), José Orlando Rabello, Carlos Jardim Borges, Pedros Ramos de Miranda, Luiz Alexandre Igayara, Paulo Fernando Magalhaes Pinto Gonçalves (ex-assessor de Cabral e acusado de ser seu “laranja”), Luiz Paulo dos Reis, Alex Sardinha da Veiga, Rosângela de Oliveira Machado Braga e Jessica Machado Braga.

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Finalizado o inquérito da Polícia Federal, agora, o Ministério Público Federal analisará o resultado da investigação feita pela PF e decidirá se denuncia ou não cada um dos indiciados.

O passo seguinte é o encaminhamento do parecer do MP à Justiça, que acatará ou não as possíveis denúncias. A decisão caberá ao juiz da 7ª Vara Federal Criminal do Rio, Marcelo Bretas.

Cabral e outros nove indiciados estão presos preventivamente no Complexo Penitenciário de Bangu, na zona oeste do Rio, desde o dia 17.

A ex-primeira dama prestou depoimento após ser conduzida coercitivamente até à sede da PF. O casal é suspeito de ter comprado cerca de R$ 6 milhões em joias, em suposta operação de lavagem de dinheiro que teria sido pago por empreiteiras.

O UOL tentou contato telefônico por três vezes com o advogado de Cabral, Ary Bergher, na tarde desta sexta, mas não obteve retorno.

A Calicute identificou fortes indícios de cartelização de grandes obras executadas com recursos federais mediante o pagamento de propinas a agentes estatais. O prejuízo estimado é superior a R$ 220 milhões.

(Por UOL)

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