Prisão de policiais militares vira batalha de versões na Polícia Civil e Militar em Balneário Camboriú

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A prisão de seis policiais militares do Pelotão de Patrulhamento Tático de Balneário Camboriú (PPT), determinada pela Justiça a pedido da Divisão de Investigações Criminais da Polícia Civil (DIC) transformou-se em uma ¿guerra¿ de versões no fim de semana. Entidades usaram as redes sociais para defenderem seus pontos de vista a respeito do caso _ o que agravou o clima entre as corporações.

Os policiais foram detidos por suspeita de torturar um homem que era investigado pela DIC por assassinato, e atrapalhar a continuidade da apuração da Polícia Civil.
A ação da DIC, resultou na apreensão de uma grande quantidade de munições, inclusive munições de fuzil calibre 5,56 e anabolizantes na residência de um dos indiciados. Além desses materiais, foram apreendidos diversos eletrônicos, entre notebooks, celulares e pendrives que já foram encaminhados para a perícia.

Em defesa dos policiais militares, a de Associação de Oficiais da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina (Acors) informou que vai contestar a forma como a operação foi conduzida na Justiça. A entidade emitiu uma nota neste fim de semana em que afirma estranhar a as suspeitas sobre a conduta dos policiais militares não tenham sido levadas à Corregedoria da corporação. “Percebe-se que além do cumprimento das medidas tomadas, uma ação cinematográfica e midiática foi montada com a clara intenção de macular a imagem da Polícia Militar e do Comando local”, diz o texto, que destaca ainda as “selfies” feitas por policiais civis no Batalhão _ o que foi entendido como provocação pela PM.

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A nota termina dizendo que a associação não permitirá “devaneios e ações histéricas” contra a Polícia Militar.

Em resposta, a Delegacia Regional de Balneário Camboriú publicou um texto em que afirma que as prisões foram decretadas pela Justiça com base legal, classifica as pressões institucionais como “inférteis” e diz que “passeatas ou ofensas nas redes sociais não terão o condão de revogar a prisão dos policiais”.

Por fim, acrescenta que “a discórdia entre as instituições é prejudicial para toda a sociedade” e afirma que a repercussão do caso é acompanhada de perto pelo delegado Geral, Artur Nitz.

O advogado Luiz Eduardo Cleto Righetto, que representa os policiais militares detidos na operação, apresentou um pedido de revogação da prisão preventiva. O Ministério Público se manifestou contrário.

Nesta segunda-feira a defesa dos policiais tentará uma audiência com o juiz responsável pelo caso, e deve apresentar um pedido de habeas corpus.

Fonte: O Sol Diário / Click Camboriú

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