O que havia sobrado da antiga Fábrica de Papel da Barra do Rio, em Itajaí, foi para o chão nesta quarta-feira. O proprietário do prédio, Orlando Ferreira, fez um acordo na Justiça e conseguiu autorização para derrubar o que ainda restava de um dos prédios mais antigos da cidade.
A fábrica começou a ser demolida em 2014, semanas antes de ter seu tombamento histórico discutido. Na época a prefeitura havia tentado comprar o espaço para fazer ali um centro cultural, mas o preço alto _ R$ 30 milhões _ inviabilizou o negócio.
A demolição do prédio havia sido interrompida por uma ação civil pública, e os destroços ficaram por lá. Nos últimos tempos, o acúmulo de entulho fez do local um foco de proliferação do mosquito da dengue, o que já havia rendido notificações na prefeitura.
Histórica
A importância histórica da Fábrica de Papel de Itajaí ultrapassava as fronteiras da cidade. Antes de ser indústria, o terreno foi usado por Dr. Blumenau para abrigar os imigrantes alemães que chegavam de navio para colonizar o Vale.
A área foi comprada por outro alemão, Gotlieb Reif, que construiu o espaço em 1913 para fabricar caixas de charutos. Tempos depois, mudou de ramo e passou a fabricar papel.
A indústria foi a primeira especializada na fabricação de papeis no Sul do país.
O Sol Diário