Vice-prefeito de Tijucas é preso por crime eleitoral

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O vice-prefeito de Tijucas, Adalto Gomes (PT), e mais quatro pessoas foram presas na tarde deste sábado (27) com panfletos contendo uma suástica. A Polícia Civil informou que os cinco foram soltos após pagar fiança de um salário mínimo (R$ 954). De acordo com a Polícia Militar, o grupo distribuía o material no Centro de Tijucas, na Grande Florianópolis.

O advogado de Gomes, Evaldo Guerreiro, afirmou que “a defesa entende que ele estava fazendo uma panfletagem, o que é de direito e permitido até as 22h de hoje [sábado]. As manifestações que havia nos panfletos eram pura liberdade de expressão. Houve distorção da liberdade de expressão, houve uma distorção da interpretação da lei”.

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O delegado regional de Balneário Camboriú, David Queiroz, informou que o grupo foi enquadrado no artigo 22, inciso 1 da Lei da Segurança Nacional, número 7.170 de 1983.

“A existência da cruz suástica foi o fator principal que fez com que a conduta fosse tipificada pelo artigo 22, inciso um da Lei de Segurança Nacional”, afirmou o delegado.

O panfleto apreendido contém comparações entre os dois candidatos à Presidência da República, Fernando Haddad (PT) e Jair Bolsonaro (PSL).

 

Denúncia e prisões

A 31ª Zona Eleitoral, em Tijucas, recebeu denúncia de veiculação de propaganda eleitoral irregular. A Justiça Eleitoral, então, determinou que fosse apreendido exemplar do panfleto e que quem estivesse fazendo a distribuição fosse encaminhado à delegacia.

A PM informou que encontrou quatro pessoas, dois homens e duas mulheres, com o material irregular por volta das 15h15. Segundo a polícia, em seguida o vice-prefeito se apresentou como responsável. Junto com o material irregular, tinha um vasto material do candidato a governador, Gelson Merísio.

 

Depois, a PM recolheu os panfletos. O grupo que distribuía o material tinha veículo próprio e foi escoltado pela polícia até a Delegacia de Itapema, no Litoral Norte, que fica a cerca de 17 quilômetros de Tijucas.

Agora, conforme o delegado, a Justiça analisará se o flagrante é lícito. Em seguida, o documento é enviado ao Ministério Público, que decide se faz ou não denúncia contra o grupo.

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