30 pessoas da região caíram no golpe do cartão de crédito

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Golpistas que vieram de São Paulo e estavam aplicando o golpe do cartão clonado em Balneário Camboriú tiveram a prisão em flagrante convertida em preventiva pela justiça. Os dois acusados do golpe já estão no presídio da Canhanduba. São cerca de 30 vítimas da quadrilha que já registraram queixa.A polícia Civil continua a investigação atrás dos outros acusados.

Segundo o delegado Eduardo Dallo, a quadrilha é de São Paulo. Três golpistas estavam na cidade e o restante dava apoio ao bando da capital paulista. Elas estavam instaladas em um hotel da Barra Sul.

Na sexta-feira, após denúncias de clonagem de cartão de crédito, dois deles foram presos pela guarda Municipal. Um conseguiu fugir. Com eles foram apreendidas 55 máquinas de cartões de crédito e 38 cartões bancários na modalidade crédito.

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Bons de lábia

O delegado explicou o golpe dos caras. “Os cartões não eram clonados, mas entregues pelas próprias vítimas”. Os golpistas ligavam para as vítimas e se fazendo passar pelo atendimento da bandeira do cartão, perguntavam se a pessoa reconhecia uma compra feita em outro estado e de valor alto.

A vítima, geralmente idosos, não reconhecia as supostas compras. O atendente então falava que o cartão estava “clonado”. “Ele anunciava que a polícia Federal estava investigando e que o cartão teria que ser encaminhado à perícia. Daí mandavam alguém passar na residência da vítima para recolher o cartão”, narra.

Os golpistas pediam pra vítima cortar o cartão no meio pra “invalidá-lo”. “Mas eles pediam justamente no meio para não invalidar o chip e nem o código de segurança do cartão”, explica o delegado. O atendente ainda falava que um motoboy passaria para buscar o cartão e que era pra fazer uma declaração que estava fazendo a entrega pra ajudar na investigação da PF.

Um dos golpistas se encarregava de recolher o cartão. O golpe era tão ardiloso que eles davam um 0800 para as pessoas ligarem. As vítimas ligavam e os golpistas fingiam que estavam em uma central de atendimento. “A pessoa acreditava e os golpistas então requisitavam vários dados pessoais e senha. A pessoa passava todas as informações. O golpista já estava com o cartão na mão e com as senhas, então, aproveitava para fazer a festa”, conta o delegado.

Cerca de 30 vítimas de Balneário e Camboriú registraram o boletim de ocorrência informando que caíram no golpe. O delegado ainda não sabe o valor total da sacanagem, mas o relatório retirado de cada maquininha apreendida pelo grupo é de R$ 10 mil a R$ 15 mil.

A polícia Civil segue a investigação pra chegar até o membro da quadrilha que fugiu e também aqueles que davam suporte de São Paulo. O delegado lembra que as empresas de cartão de crédito não pedem a devolução do cartão e nem vão até as casas das pessoas recolher nada. Por isso, nunca se deve entregar o cartão magnético pra ninguém.

Os bandidos vão responder pelos crimes de receptação, estelionato e adulteração de sinal identificador de veículo.

Por Diarinho

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