A impunidade do vereador condenado à prisão

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Por Jornalista Pedro Guilherme 

Se você acompanha o noticiário local de Balneário Camboriú, deve estar lembrado da Operação 30 Graus, deflagrada pelo GAECO em 2017, que investigou alterações em leis municipais em troca de propina e denunciou quatro vereadores à justiça, resultando na condenação de um deles: Asinil Medeiros, do PL (antigo PR), partido presidido pelo vice-prefeito e empresário da construção civil, Carlos Humberto Silva.

Acusado de vender alterações no Plano Diretor em troca de dois lotes de terra, Medeiros foi condenado, em novembro de 2019, a 2 anos e 8 meses de prisão. O juiz Roque Cerutti, da 1ª Vara Criminal de Balneário Camboriú, determinou que ele cumprisse a sentença em liberdade, além de pagamento de multa.

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O vereador condenado do PL seguiu atuando normalmente na casa do povo, como se nada tivesse acontecido, e escapou impune do processo de cassação na câmara. Isso porque a Comissão Parlamentar Processante (CPP), presidida por Pedro Francez, também do PL, perdeu o prazo para apresentar o relatório.

Quando a denúncia foi apresentada ao plenário, no fim do ano passado, Francez mostrou-se conivente com a corrupção de Medeiros, votando contra o recebimento da mesma. Na última terça-feira, ele até votou favorável pelo aumento do prazo para a comissão concluir o trabalho, mas a impunidade foi garantida pelos votos dos demais membros, Juliethe Nitz – que também é do PL, e Elizeu Pereira, esse, do MDB de Piriquito.

Se vereadores são representantes do povo, a pergunta que fica é: os vereadores do Partido Liberal estão representando quem?

Por Jornalista Pedro Guilherme 

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