Os bastidores da política de Balneário Camboriú estão em polvorosa desde a semana passada com a viagem (de novo) do prefeito Fabrício Oliveira para Abu Dhabi. Os zum zum das eleições 2024 deram espaço para a viagem que, até então, eram corriqueiras.
O motivo não é a viagem em si, afinal Fabricio muito foi pra lá dizendo que traria investimentos para a cidade, mas até agora tudo que teve foram visitas pra lá, visitas pra cá e um investimento do poder público em um evento que custou o olho da cara. Parcerias, aporte, empreendimentos ou qualquer coisa vinda dos Emirados? Nada. Só fotos e vídeos.
A viagem chamou atenção principalmente pelo fato de que Fabricio Oliveira foi flagrado na sala de embarque do Aeroporto de Navegantes com seu “mentor espiritual”, pastor Michel Aboud, presidente da “Igreja Batista Vida Nova”, ou “Embaixada do Reino de Deus” para os mais novos. Ambos de mochilinha e roupa confortável, típico de uma longa viagem, provavelmente em primeira classe.
COINCIDÊNCIA
Coincidência? Não acredito nelas. O que chamou atenção é que em momento algum alguém afirmou que os dois estariam viajando juntos para “azarábia”, nem mesmo o Jornal Página 3 que divulgou a foto, mas a prefeitura correu para dizer que não, com direito a manchete em jornal local.
O ministro do Evangelho tem seus negócios no Rio de Janeiro e família no Goiás, poderia estar visitando né? Ou talvez o pastor estaria junto pois iria visitar seus parentes do oriente, porque não?
Porém fontes fidedignas me garantem de mãos juntinhas que foram juntos sim, e estiveram por toda a viagem. Não é por menos, afinal, a relação vai muito além de fé.
SILÊNCIO DIGITAL
Uma curiosidade que pode confirmar a tese da viagem juntos, sem ninguém soubesse, foi o silêncio digital de ambos durante todo o final de semana. O perfil de Michel Aboud no Instagram só colocou vídeos já gravados anteriormente ou compartilhou algo de outros perfis, o que é incomum nas redes do pastor.
O mesmo aconteceu com Fabrício Oliveira, que adora um videozinho e uma foto, mas não postou absolutamente nada durante o fim de semana, somente coisas da cidade, provavelmente postado por sua assessoria. Poxa! Nem pra disfarçar?
Fabrício só foi dar o ar da graça sobre a viagem em si na segunda-feira, 5 dias após viajar para os Emirados Árabes, com vídeo do mesmo dia, dizendo “retorno hoje”. Claro, a pauta foi dada em primeira mão para uma colunista da “vênus platinada” antes da imprensa local, como sempre.
E outra, ninguém da prefeitura acompanhou Fabrício na viagem “oficial”. Nenhuma diária foi emitida para servidores acompanharem o prefeito. Quem gravou seus vídeos?
ALÉM DA FÉ
Será que foram debater sobre o mega hotel padrão Dubai que um grupinho ai pretende trazer para a cidade? Esse colunista aqui tem informações que as negociações estão bem avançadas.
O mesmo acontece com o megalomaníaco projeto da Taroii, na beira do Rio Camboriú, já aprovado pelo Conselho da Cidade, mas segue pegando poeira em alguma gaveta do executivo municipal. Será que é para dar uma valorizada no terreno ao lado que pertence ao “presidente” da Embaixada?
PITIS DOS BASTIDORES
Quem está anunciando aos quatro ventos que vai deixar o governo municipal é o secretário de obras e serviços urbanos, Osmar de Souza Nunes Filho, o Mazoca.
Mazoca, que não puxa voto nem na sua secretaria, teria dado um piti porque tiraram um diretor da obras que atuava na Subprefeitura da região sul e colocado na Inclusão Social. Mazoca ficou doidão e mandou o cara ir trabalhar na subprefeitura mesmo assim, o que causou um grande mal estar entre os Altos da Dinamarca e a Obras.
Depois de muitos “Quem tu pensa que é” pra cá e “ou é assim, ou tô fora” pra lá, Mazoca teria pedido no ato para preencher seu pedido de exoneração que estaria fora do jogo. Claro, ele ia esperar o prefeito voltar de viagem.
Eu já vi Mazoca subir no gabinete para pedir a cabeça de indicado de vereador, com discurso de “ou ele, ou eu”, alegando insubordinação, quando na verdade o medo era tirar voto do seu preferido. Mas ver o Sr. Osmar subir a rua para proteger alguém, nem que isso custe a própria cabeça, é a primeira vez. Estranho hein?
A atitude relatada por minha fonte confirma o comportamento delatado por servidores, ex-servidores e gente que lida com Mazoca, acusando-o de autoritário, teimoso, perseguidor e metido a coronel. Ou é do jeito dele, ou ele põe fogo no parquinho, doa a quem doer.
Será que vai embora mesmo ou só fez o berreiro para conseguir o que quer, tipo criança birrenta? Quem sabe com a saída dele vamos saber a verdade sobre o motor do caminhão que entrou agua no motor numa das chuvas e estava supostamente sendo pilotado por servidor não autorizado.
Vamos ver nos próximos dias.
A viagem do prefeito Fabrício Oliveira e os pitis dos bastidores
Poucas e Boas – Por Gian Del Sent
