Está chegando a época das eleições do Conselho Tutelar de Balneário Camboriú e já se iniciam as movimentações dos candidatos. Em breve começa a campanha propriamente dita e vai parecer candidatura de vereador, com direito a santinho e disparo de pedido de voto no whatsapp.
Não é de hoje que a politização do Conselho Tutelar acontece. Temos um prefeito em Balneário Camboriú que já foi conselheiro. Mas a movimentação de grupos políticos, cargos comissionados e até membros do legislativo em eleger o “escolhido” tem vulgarizado a real função do conselho, servindo apenas de trampolim político.
Na última eleição do Conselho, por exemplo, o apoio a uma determinada candidatura foi moeda de troca para coalizão de grupos e membros políticos. A comemoração na apuração dos votos juntou base do governo e oposição, que já tinham alinhado seus interesses.
O Conselho Tutelar é um órgão criado pelo Estatuto da Criança e do Adolescente, que tem como objetivo principal zelar pelos direitos das crianças e dos adolescentes. São eles que, ostensivamente, vão as ruas apurar, coibir e acolher as mais diversas barbáries que acontecem no dia a dia das nossas crianças.
Estamos falando de drogadição, estupro, abusos, violência, trabalho infantil, negligência e exploração. Precisamos de pessoas sérias, comprometidas, com maturidade e discernimento para lidar com essas graves situações.
Querem politizar? Isso é inevitável!
Mas não vulgarizem o cargo de Conselheiro Tutelar endossando a candidatura de qualquer um incompetente desqualificado só porque é amigo da galera, conhecido do bairro, porque te fez algum favor ou porque algum político pediu. Seja consciente no seu voto e no seu apoio a alguma candidatura.
Lembrem-se que são estas pessoas que estarão na linha de combate em defesa da infância e da juventude, inclusive COBRANDO do poder público inciativas para coibir males e, peço a Deus que não, são eles que nos atenderão se algo acontecer com nossos filhos.
Conselho Tutelar não é incubadora de políticos.
Conselho Tutelar é coisa séria e deve ser tratada como tal.
A vulgarização do cargo na politização do Conselho Tutelar
Poucas e Boas – Por Gian Del Sent
