Acusada de ser mandante da morte do engenheiro Sergio Renato, tem prisão revogada.

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A empresária Vera Lúcia da Luz, a Verinha, acusada de ser a mandante do assassinato do engenheiro Sérgio Renato da Silva, ex-diretor da prefeitura de Balneário Camboriú, foi solta do presídio do Matadouro na noite de ontem.

O advogado Guilherme Gottardi conseguiu a revogação da prisão preventiva através de medidas cautelares. Verinha usará tornozeleira eletrônica por 90 dias. Depois o caso voltará a ser analisado pela justiça. Verinha estava presa desde o dia 10 de maio.

A revogação da prisão aconteceu na manhã de ontem, mas até às 20h de ontem ela aguardava a instalação do equipamento de vigilância para só então deixar o cadeião do Matadouro.
O juiz Augusto César Allet Aguiar, que autorizou a soltura de Vera, estipulou outras regras a serem cumpridas. Verinha não vai poder sair da cidade de Balneário e deve chegar em casa até às 22h.

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O advogado Guilherme diz que o próximo passo é provar que Verinha não teve qualquer envolvimento com a morte de Sérgio.
“A prova da acusação é uma colaboração premiada de uma pessoa que estava presa e foi solta após depor incriminando Vera. Vamos provar que ela não teve nenhuma participação no homicídio do Sérgio Renato”, afirmou Guilherme ao DIARINHO.

Denunciada

No início de junho, a 1ª Vara Criminal de Itajaí aceitou a denúncia do Ministério Público contra Verinha. Ela teria mandado matar o engenheiro porque temia que ele denunciasse fraudes envolvendo obras da construção civil que tinham contratado serviços de consultoria da empresária.
O MP acusa Vera de ser mandante do crime e de ter participação em fraudes de vários projetos aprovados em Balneário Camboriú, inclusive com a falsificação de assinaturas de Sérgio, que foi diretor de projetos da secretaria de Planejamento de BC durante 16 anos.

O engenheiro descobriu, no final de 2016, que a sua assinatura tinha sido falsificada em vários álvaras. Ele passou a investigar a fraude, após deixar o cargo que ocupava na prefeitura em janeiro do ano passado. No dia 22 de fevereiro de 2017, Sérgio foi executado a tiros no quintal de sua casa, na praia Brava, em Itajaí.

Pela denúncia, Verinha teria contratado Celso Machado, o Paulista, pra organizar o assassinato. Leandro Ribeiro, autor dos disparos, e Guilherme Kurt Habeck também estão sendo acusados de participação. Um quarto envolvido está foragido.
Segundo o MP, as informações indicam que o assassinato foi premeditado e tinha o objetivo de assegurar as vantagens que os investigados vinham tendo por meio da prática de crimes ligados à secretaria de Planejamento.

As irregularidades envolveriam a falsificação de alvarás, sumiço do livro de Habite-se e liberação de obras que estavam devendo os valores da concessão onerosa ao município.

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