Assassinato do engenheiro Sérgio Renato Silva foi encomendada, revela Polícia.

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A Polícia Civil indiciou cinco homens pela morte do engenheiro Sergio Renato Silva, assassinado no dia 22 de fevereiro na frente da casa onde morava na Praia Brava, em Itajaí. Segundo o delegado Weydson Silva, responsável pela Divisão de Investigações Criminais de Itajaí (DIC), a morte foi encomendada por R$ 9 mil. A polícia, agora, está em busca do mandante do crime.

Sérgio Renato respondia pela diretoria de aprovação de projetos na Secretaria de Planejamento de Balneário Camboriú e havia deixado o cargo semanas antes de ser morto. A polícia não descarta a possibilidade de o crime ter relação com a posição ocupada pelo engenheiro na prefeitura.

— Não descartamos essa hipótese, mas ainda dependemos de informações da população e da colaboração dos presos, que sabemos que não confessaram integralmente os fatos de que têm ciência — disse o delegado.

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Dos cinco indiciados, quatro estão presos preventivamente e um está foragido. A identificação dos suspeitos foi feita através de câmeras de segurança instaladas na rua. As imagens mostram que eles fizeram o reconhecimento do local onde vivia o engenheiro três vezes antes de matá-lo — foram duas passagens pela rua no dia 17 de fevereiro, cinco dias antes do crime, e uma na manhã do dia 22, horas antes do assassinato.

Segundo a polícia, Guilherme Habeck e Matheus Zacarias chegaram de moto e chamaram Sergio Renato, que os atendeu no portão. Quando percebeu que os dois estavam armados ele tentou fugir, mas acabou atingido pelas costas.

— Houve de fato uma execução praticada por duas armas diferentes e dois indivíduos. Foi uma execução mediante pagamento de R$ 9 mil distribuídos entre três pessoas — disse o delegado.

Segundo a polícia, R$ 2 mil teriam ficado com Paulo Anderson dos Santos, suspeito de ter organizado o crime. Outros R$ 2 mil com Guilherme, que conduzia a moto, e mais R$ 5 mil com Matheus, que estava de carona.

De acordo com o delegado, Paulo e Guilherme confessaram a participação no assassinato. Lucas da Silva, que teria participado do reconhecimento do local onde o engenheiro seria morto, já estava preso no Mato Grosso do Sul e ainda será ouvido por carta precatória. Jefferson Peyerl, que seria o dono da moto usada no crime, afirma que já tinha vendido a motocicleta e nega participação no assassinato.

Em depoimento, um dos presos afirmou que o assassinato teria sido encomendado devido a uma suposta dívida de R$ 20 mil na compra da casa onde vivia o engenheiro. A hipótese foi descartada pela polícia porque a casa já pertencia à família de Sérgio Renato há mais de 20 anos.

A reportagem entrou em contato com o advogado de Paulo Anderson dos Santos, Samir Reda. Ele negou que seu cliente tenha confessado o crime e não quis comentar a prisão. Jefferson Peyerl nega participação no crime. Segundo a polícia, os advogados de Gulherme Habeck e Matheus Zacarias ainda não se apresentaram.

Assista ao vídeo em que mostra os suspeitos fugindo depois da execução

 

Fonte: Diário Catarinense
Vídeo: Divulgação Polícia Civil

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