Associação dos Ciclistas vai pedir veto ao projeto da velocidade em vias de BC

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Oprojeto aprovado na Câmara de Vereadores de Balneário Camboriú que prevê a padronização da velocidade máxima em 50 km/h nos pontos com radares não agradou os ciclistas, que vão pedir ao prefeito Fabrício Oliveira (PSB) que não sancione a lei. Nem o próprio gestor do fundo Municipal de Trânsito (Fumtran) considera a medida adequada.

Para o presidente da associação dos Ciclistas de Balneário Camboriú e Camboriú (ACBC), Henrique da Silva Wendhausen, a mudança é um retrocesso e compromete a segurança.
Embora o projeto preveja que na frente de escolas, postinhos e hospitais os radares tenham a velocidade máxima de 30 km/h, Henrique destaca que, em vias como as avenidas Brasil e Atlântica, onde tem radares de 40 km/h, a velocidade aumentaria.

Mesmo nessas vias com velocidade menor, afirma, os acidentes já são comuns. “Se aumentar pra 50 km/h, vai haver uma desandada na segurança. As vias vão ficar superfrágeis”, avalia.
Ele ainda acrescenta que a proposta vai em sentido contrário do plano de mobilidade, que prevê a criação de ruas com o chamado “tráfego calmo”, onde a velocidade seria de 30 km/h, privilegiando a circulação de pedestres e ciclistas. “É um retrocesso. O mundo todo tá falando em vias acalmadas e aqui a gente tá indo na contramão”, critica.

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O chefão da associação dos cicilistas informa que a associação vai trabalhar pra que o prefeito vete o projeto. Se necessário, a entidade também pretende buscar apoio do povão pra barrar a medida.

Sem condições
Pelo texto da lei, o Fumtran terá três meses pra fazer as alterações dos radares. A mudança, porém, seria inviável ao menos até abril de 2019. Isso porque, segundo explica o gestor do Fumtran, coronel Mario Cezar de Oliveira, o contrato com a atual empresa responsável pelos equipamentos de fiscalização eletrônica está sendo prorrogado por mais seis meses.

Durante esse período, o município não pode mexer nos equipamentos. A alteração de velocidades demandaria ainda novas aferições nos aparelhos. Atualmente, a cidade tem pontos controlados com velocidades máximas de 30 km/h, 40 km/h e 50 km/h. Ao todo são 57 equipamentos em 58 faixas monitoradas.

A prefeitura quer instalar novos radares, mas a licitação não andou porque o fundo não conseguiu as cotações de novas empresas, motivando a renovação do contrato. Devido ao processo, Mario Cezar diz que vai pedir ao secretário de Articulação Governamental, Omar Tomalih, pra que a lei não seja sancionada antes do fim do contrato atual.

Independentemente disso, o gestor do fundo concorda com a alegação dos ciclistas. O entendimento é que a definição da velocidade deve levar em conta as características de cada lugar. “Na BR tem trecho onde a velocidade máxima é 80 km/h e, em outros, 100 km/h”, exemplifica.

 

Diarinho

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