No Brasil, o número de notificações da doença passou de 38,3 mil, em 2015, para 251 mil em 2016. Neste ano, pelo menos sete Estados já registram índices epidêmicos do problema – mais de 300 casos por 100 mil habitantes —, todos no Nordeste.
Dimensionar com exatidão o alcance da epidemia esbarra nas limitações dos métodos diagnósticos. As semelhanças entre os vírus da chikungunya, zika e dengue e de alguns dos sintomas dificultam a criação de testes precisos e podem causar confusões quando o diagnóstico é feito somente por avaliação clínica, prática comum em períodos epidêmicos.
A chegada do vírus à região Sudeste neste ano também deve contribuir para que o próximo verão tenha mais registros.
Segundo dados do Centro de Vigilância Epidemiológica da Secretaria Estadual da Saúde de São Paulo, 62 das 645 cidades paulistas já tiveram casos confirmados da doença em 2016. Considerando também as suspeitas, são 298 municípios do Estado.
Uma das principais preocupações com a expansão da doença é que ela pode ser incapacitante.
— É uma doença que pode afetar a pessoa por um ou dois anos e não há tratamento eficiente para a artrose crônica que ela causa – explica o virologista e professor de Infectologia da Unifesp, Celso Granato.
(Por JORNAL DE SANTA CATARINA)