Avião brasileiro desaparecido na Argentina pode ter caído no mar, aponta investigação

Mario Pinho (E) e Toninho. Fotos: Wagner Eduardo/JetPhotos e Reprodução | Redes Sociais
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Na tarde desta quinta-feira (14), a Polícia Civil de Santa Catarina confirmou por meio de nota que os policiais civis estão ajudando nas investigações do desaparecimento do avião com três brasileiros, na Argentina. A cooperação com as investigações iniciou na última sexta-feira (8) após familiares das vítimas registrarem um boletim de ocorrência.

Segundo informou a Defesa Civil Argentina o auxílio possibilitou o mapeamento do local onde foi detectada a última atividade dos celulares dos tripulantes Antônio Carlos Castro Ramos, Mário Pinho e Gian Carlo Nercolini. A última localização seria em cima do mar, ao leste da cidade de Comodoro, segundo informou a Defesa Civil.

O novo local de buscas foi identificado após o cruzamento de dados de cinco antenas de celular, que possibilitou a geolocalização com relação ao último sinal emitido pelos aparelhos. A informação foi recebida pelas equipes de busca argentina após a colaboração com a Polícia Civil. O novo ponto de localização indica uma possível tentativa de retorno da aeronave.

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Relembre o caso:

A aeronave, que levava três brasileiros, desapareceu na Argentina, na tarde da última quarta-feira (6). O avião pertence a Antônio Carlos Castro Ramos, conhecido como Toninho Ramos, dono da construtora Accr Construções, localizada em Florianópolis. O empresário estava acompanhado de dois amigos: o advogado Mário Pinho, e o médico Gian Carlo Nercolini. Os três são pilotos de aeronave.

As buscas iniciaram ainda no dia do desaparecimento e contaram com o auxílio da Prefeitura Naval Argentina, Guardas Costeiras, aeronaves da Força Aérea Argentina e da Defesa Civil de Chubut.

Em nota, o Ministério dos Transportes da Argentina, comunicou que o sistema baliza ELT não foi acionado. A baliza ELT é um equipamento de emergência capaz de transmitir sinais, que pode ser ativado automaticamente por impacto ou manualmente por sobreviventes. A nota ainda reforçou que as equipes seguem em busca da aeronave enquanto as condições climáticas permitirem.

Em entrevista a um jornal local, o presidente do aeroclube El Calafate, Freddy Vergnole, relatou que passou o final de semana com o grupo e chegou a passar instruções aos aviões. Ele instruiu o grupo a descer em Puerto Deseado por causa das condições climáticas e contou que “estava juntando um pouco de gelo nas asas e nenhum avião pequeno está preparado para juntar gelo, que pesa e impede o voo”.

Segundo o jornal local Clarín, o grupo havia participado do festival “Commodore Vuela”, promovido pelo AeroClub Lago Argentino e realizado nos dia 1, 2 e 3 de abril. O grupo estava aproveitando mais alguns dias de viagem em El Calafate.

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