Barco holandês chega a Itajaí e vence etapa brasileira da Volvo Ocean Race

Publicidade

A etapa da Volvo Ocean Race mais difícil de sua história foi concluída nesta terça-feira (03), em Itajaí. Depois de percorrem 7.600 milhas náuticas desde Auckland, na Nova Zelândia, os barcos Team Brunel (Holanda) e Dongfeng Race Team (China) chegaram praticamente empatados ao litoral de Santa Catarina no fim da manhã, com termômetros marcando 32 graus.

O Team Brunel segurou o ataque do adversário e completou a prova em 16 dias, 13 horas e 45 minutos, diferença de apenas 15 minutos para o vice-campeão, o Dongfeng Race Team. Nem mesmo a falta de ventos na aproximação a Itajaí mudou o resultado

”Foi uma etapa dura do começo ao fim, uma prova que exigiu bastante do nosso psicológico e do nosso corpo”, disse o comandante holandês Bouwe Bekking. ”Foi incrível vencer, mas não estamos felizes em virtude da perda de John Fisher (SHK/Scallywag). Foi um soco no queixo”.

Publicidade

Os vencedores foram recebidos na Vila da Regata pelas autoridades do Município de Itajaí e pelo público. O barco do Itajaí Sailing Team acompanhou de perto as equipes vencedoras. Não houve estouro de champagne tradicional e muito menos a banda da cidade em respeito à memória do britânico John Fisher, que está perdido no mar.

Os mares do sul deixaram marcas

A sétima etapa foi considerada a mais difícil para a maioria dos atletas já em terra. Os ventos fortes do começo ao fim, ondas gigantes, neve e as quebras de equipamento fizeram com que os mares do sul e a rondagem do Cabo Horn se transformassem em um tormento. A bonificação para os barcos foi dobrada. O Team Brunel levou 16 pontos pra casa (incluindo um pelo Cabo Horn) e o Dongfeng Race Team 12.

O francês Charles Caudrelier e sua equipe chinesa devem assumir a liderança da classificação geral com o pódio. “Foi um resultado fantástico pra gente. E se o Turn The Tide on Plastic segurar o MAPFRE em quinto lugar pode ficar ainda melhor”.

”Foi a etapa mais difícil que corri, fisicamente e mentalmente. A força dos ventos e o percurso complicado, com muita neve, frio e ondas gigantes foram difíceis de encarar”, disse a holandesa Carolijn Brouwer, do Dongfeng. ”A melhor coisa seria abraçar meu filho e minha família. Mas como fizemos a etapa em 16 dias, muito rápido, não deu tempo deles chegarem a Itajaí”.

Programe-se

O team AkzoNobel, da brasileira Martine Grael, está um dia e meio da chegada e devem cruzar a linha ainda até a quinta-feira (5).

A Volvo Ocean Race desembarcou pela terceira vez consecutiva em Itajaí trazendo dos mares do sul os melhores atletas do mundo. Já virou uma tradição o País sediar a prova, sendo o único representante da América do Sul no trajeto ao redor do globo.

Publicidade