‘Barões da dívida’: estudo mostra as 10 empresas que mais devem aos estados

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A soma do valor devido por empresas aos estados brasileiros corresponde a 13,18% do PIB nacional. É o que mostra o “Atlas da Dívida Ativa dos Estados Brasileiros”, estudo encomendado pela Fenafisco (Federação Nacional do Fisco Estadual e Distrital) divulgado na última quinta-feira (21).

Segundo o levantamento, a dívida total era de R$ 896,2 bilhões até 2019 – valor suficiente para financiar 11 anos do novo Bolsa Família de R$ 400, de acordo com a entidade.

O estudo foi feito a partir de dados de dívida ativa disponibilizados pelos estados na internet ou solicitados pela Fenafisco. No entanto, a entidade ressalta que o valor pode ser ainda maior do que os quase R$ 900 bilhões divulgados, já que apenas 17 estados informaram valores das dívidas, apesar da obrigatoriedade de transparência.

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De acordo com o levantamento, a maior devedora é a Refinaria De Petroleos Manguinhos (RPMG3), empresa brasileira que esteve em recuperação judicial entre 2013 e 2020 e, durante o processo, mudou de nome e virou Refit. Ao todo, a refinaria deve R$ 7,7 bilhões aos cofres públicos do Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais.

A segunda maior devedora é a Ambev (ABEV3), cervejaria dona de marcas como Skol, Brahma e Budweiser. A empresa deve a 13 estados brasileiros e acumula dívida de R$ 6,3 bilhões. Por fim, a empresa de serviços telefônicos Vivo (VIVT3) completa o top 3 da lista. A maior empresa de telecomunicações do país deve ao todo R$ 4,9 bilhões aos cofres de 13 estados da federação.

Confira a lista dos 10 “barões da dívida”, empresas que mais devem aos estados brasileiros:

ilustração do ranking das empresas que mais devem aos estados brasileiros

O estudo mostra, ainda, que as empresas com as maiores dívidas também recebem isenções fiscais em suas áreas de atuação. Para ampliar a transparência e facilitar o acesso à informação, a Fenafisco lançou o Barões da Dívida, ferramenta que une e atualiza constantemente as informações sobre dívidas das empresas.

Fonte: Investnews

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