O presidente Jair Bolsonaro (PL) se manifestou nesta quarta-feira (6) sobre parentes dele que teriam comprado imóveis com dinheiro vivo. A informação foi dada pelo portal UOL.
Durante uma sabatina, realizada pela Jovem Pan, o presidente foi questionado sobre as acusações. O portal UOL investigou 107 imóveis comprados por familiares de Bolsonaro desde 1990. A reportagem afirma que 51 desses imóveis teriam sido pagos em dinheiro vivo.
Para o presidente da Associação dos Notários e Registradores do Estado de São Paulo, o fato de constar no contrato que a compra foi feita em moeda corrente não significa que o pagamento foi em dinheiro vivo.
“Muitas vezes, se colocava moeda corrente e, necessariamente, não foi moeda corrente, pode ter sido cheque, depósito bancário, até alguma outra forma. Então, quando tem essa expressão nas escrituras antigas, moeda corrente, não dá pra tirar conclusão de que é necessariamente em dinheiro”, diz George Takeda.
Bolsonaro rebateu as afirmações do UOL: “como não tem nada contra mim, ficam ao redor da minha, dos meus familiares, daí, bota lá, que dinheiro vivo, olha, qualquer escritura está escrito moeda corrente. A partir de 94, com o real, ficou moeda corrente, comprar imóveis em moeda corrente não é dinheiro vivo”.
Desde 2019, os cartórios são obrigados a comunicar o Conselho de Controle de Atividades Financeiras, o Coaf, sobre movimentações de venda e compra de imóveis consideradas atípicas, como abaixo do valor de mercado ou dinheiro em espécie.
