O número de votos brancos, nulos e o de eleitores que não compareceram às urnas neste domingo (28) superou o de votos concedidos ao candidato Gelson Merisio (PSD). Ao todo, a soma desses grupos alcançou 1.349.138 eleitores, enquanto o candidato atingiu 1.075.242 votos.
A situação no segundo turno foi idêntica à que foi registrada no primeiro turno. Naquela ocasião, os votos inválidos e as abstenções somaram 1.463.154 que poderiam ter sido destinados a algum candidato. Merisio, que tinha ficado à frente na disputa, conseguiu 1.121.869 votos, um pouco a mais do que nas eleições deste domingo.
No primeiro turno, essas ausências no número final definiram a eleição. Se todos os votos inválidos tivessem ido para Merisio, por exemplo, ele teria vencido a disputa logo no começo, pois teria obtido a quantidade necessária para assumir o Executivo catarinense.
Já no segundo turno, a diferença de votos ainda seria irrelevante para a disputa, já que a diferença entre Merisio e Comandante Moisés (PSL) foi de 1.568.937 votos. Ou seja, ainda que se somassem esses votos inválidos, o deputado estadual não conseguiria ultrapassar o rival na disputa.
Em uma entrevista coletiva concedida logo após a confirmação do resultado, Merisio atribuiu o resultado à onda de votos em favor de Jair Bolsonaro (PSL), que foi eleito presidente da República.
— Não houve eleição no segundo turno. Houve um processo de verticalização. O eleitor não quis discutir os temas do Estado — avaliou.
Com informações DC