Chegou ao meu conhecimento que o Carnaval de Balneário Camboriú está prestes a ir para o espaço, tudo porque a empresa que seria responsável pela estrutura está para abandonar o projeto. Eu espero muito que minha fonte esteja errada.
A informação ainda diz que as Secretarias de Turismo e Cultura correm contra o tempo para tentar organizar e até mesmo repassar a ajuda financeira para a liga carnavalesca, trios e blocos, que também seria de responsabilidade da empresa.
A empresa em questão é a Take Produções, aquela que comprou o uso do espaço no Pontal Norte para a implantação da “Arena Verão” e estava cobrando fortunas para a galera curtir a estrutura. A empresa também poderia explorar um espaço na Barra Sul, mas não tem nada lá.
Ao que parece e me foi informado, a empresa tomou um prejuízo ferrado e está querendo cancelar o contrato que também previa o fornecimento de toda a estrutura do Carnaval na praça Almirante Tamandaré. Esta estrutura estava prevista no edital lançado pela prefeitura.
OBRIGAÇÕES
A Take ainda deveria repassar R$250 mil reais aos blocos, trios e escolas de samba do município, bem como 10 mil abadás, mas faltando 1 mês para o carnaval, ainda não repassou. Em estrutura, a empresa tinha que fornecer toda a arena de carnaval que contemplava uma área de 6 mil m2, com palco para shows nacionais, som, luz, painel de led, área de lazer, espreguiçadeiras, cadeiras e até guarda-sóis. A obrigação ainda previa todo projeto de cenografia na Avenida Atlântica entre a Rua 2.000 e a Praça Almirante Tamandaré.
O problema é que nada disso está acontecendo, pois fui informado que o prejuízo foi grande e a empresa está querendo abandonar o barco.
ESTRUTURAS
No Pontal Norte, a estrutura que deveria ficar até 31 de janeiro, já está sendo desmontada aos poucos. A empresa já desmontou o palco 360° que havia na estrutura e também o telão que foi usado na copa, que também miou depois da desclassificação do Brasil. (foto destaque)
Na Barra Sul, não há nenhuma estrutura montada como prevê o edital.
Servidores da Secretaria de Turismo e da Cultura, estão correndo contra o tempo para executar o projeto, tudo em off, para garantir o Carnaval na cidade. Inclusive arrumar dinheiro para repassar os 250 mil reais e os abadás, que as entidades estão esperando.
A EMPRESA
Não vou entrar muito no mérito do que tenho descoberto, mas o fato é que a empresa já começou vacilando quando fez uma comunicação precária sobre o produto que estava oferecendo e também contratando uma assessoria que não tem relação alguma com a imprensa regional.
Já no endereço do CNPJ da Take, tem uma outra empresa de um dos sócios, o que também deixa a situação mais estranha. Sem contar que ela foi aberta em abril do ano passado e sequer tinha know-how para realizar algo desse porte, mas parece que ninguém viu isso.
Ah, essas contas de campanha.
O QUE DIZ O PODER PÚBLICO
Questionei um servidor do Turismo na manhã de ontem e não tive resposta.
Questionando a assessoria, veio a resposta do Secretário de Turismo, Thiago Velasques, de que o telão foi desmontado pois seria somente para a copa, ficou na virada e a empresa “optou” por tirar. Acontece que o painel de LED, bem como o palco 360°, faziam parte da proposta apresentada pela empresa e aprovada pela prefeitura, portanto deveria permanecer até o fim da cessão.
Sobre o Carnaval, o secretário informou pela assessoria que “está no planejamento a programação”.
Confrontado sobre o fato do planejamento já existir e que a empresa tem obrigação contratual de entregar a estrutura para o carnaval na Tamandaré e repassar a grana para blocos e escola de samba, não tive mais resposta.
Com este silêncio, me resta acreditar no velho ditado que diz: “Quem cala, consente”.
Só espero que consigam resolver a tempo e a população/visitantes, não sejam prejudicados mais uma vez, assim como aconteceu com o IPTU, que a secretaria da fazenda vacilou e deu uma enrolada dizendo que o “atraso” não aconteceu. “Estava nos planos mudar a data”, disse o secretário Silvio.
Vão dar o “migué” de novo?
Carnaval 2023 de Balneário Camboriú prestes a miar
Poucas e Boas – Por Gian Del Sent