Cidades do Vale do Itajaí reforçam alerta contra o Aedes aegypti no Verão

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Ao mesmo tempo em que traz dividendos ao setor do turismo, a temporada de verão também eleva a preocupação com doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti. Em três dos maiores municípios da região, as ações dos programas de combate às doenças ligadas ao inseto serão mantidas durante todo o período de recesso de fim de ano. As medidas, definidas pelo Ministério da Saúde, envolvem visitas de agentes de endemias a residências, monitoramento de armadilhas e pontos estratégicos – ao longo do ano ocorrem também palestras em escolas municipais, agora em férias.

Em Blumenau, de janeiro até a última terça-feira foram registrados 27 casos confirmados de dengue – o mesmo número de todo o ano passado. Em 2016 pela primeira vez também surgiram os primeiros casos de chikungunya (sete confirmados) e zika (três), doenças que reforçam a preocupação com o mosquito. A gerente da Vigilância Epidemiológica de Blumenau, Ivonete dos Santos, afirma que nenhum desses casos foi contraído no município e conta que semanalmente são vistoriadas 1,7 mil armadilhas em pontos estratégicos. Segundo ela, o Ministério da Saúde já antecipou que o período de verão deve ser de mais casos, o que reforça o alerta à população e às equipes de prevenção.

– Uma tampinha de garrafa pet, uma casca de ovo, é isso que a fêmea do Aedes quer: água limpa e em pouca quantidade. Por isso é importante manter atenção total, mesmo no período de férias, quando algumas pessoas esquecem um pouco e não deveriam – pontua.

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Denúncias sobre terrenos com objetos com água parada podem ser feitas pelos telefones 156 e 3381-7770.

Redução de casos em Itajaí

Com 6,5 mil suspeitas e 3.158 casos confirmados de dengue em 2015, número que impediu inclusive medidas de protocolo como visita às residências das pessoas infectadas, Itajaí passou por dias menos turbulentos até agora em 2016. Foram 1.401 casos suspeitos e apenas 69 confirmações de janeiro até a última terça-feira. Houve ainda na cidade sete casos de chikungunya e três de zika. O município monitora semanalmente 283 armadilhas e 182 pontos como ferros-velhos, cemitérios e borracharias.

A redução é creditada a fatores como a estruturação da equipe de combate a endemias, que atualmente possui 72 agentes efetivos, e à adoção de medidas como a visita aos locais de infestação nos casos registrados. O inverno mais longo também é citado como fator que ajudou na redução. Apesar disso, o coordenador do programa contra a dengue de Itajaí, Lúcio Vieira, conta que a diminuição nos números não pode acomodar a população e o município no combate aos focos do mosquito. A Secretaria de Estado da Saúde informa que o verão deve ser de tempo seco, mas as atual previsão de chuvas de fim de tarde seguidas pelo calor formam um ciclo perigoso para eventuais proliferações do Aedes.

– Muitas vezes não adianta só tirar a água parada, é preciso eliminar o criadouro, o prato ou vaso. Além disso, outra preocupação está na introdução das outras duas doenças (chikungunya e zika) ligadas ao mosquito, que são mais graves e podem aumentar se não houver cuidado – pontua.

Em Balneário Camboriú, o último caso positivo de dengue foi registrado em julho. Apesar disso, a preocupação agora passa a ser redobrada pela chegada do verão e dos turistas, que podem vir de regiões endêmicas e, ao encontrar o mosquito na cidade, iniciar um ciclo de transmissão. A cidade teve 52 casos confirmados neste ano e 50 em 2015, além de um caso de zika.

 

(Por O Sol Diário)

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