Consumo de oxigênio hospitalar tem aumento de 98,8% em Santa Catarina

Ampliação dos pontos de oxigênio na UPA de Biguaçu – Foto: Divulgação/ND
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Com hospitais e UPAs (Unidades de Pronto Atendimento) lotadas por todo o Estado, em função da pandemia da Covid-19, a consequência é o aumento no consumo do oxigênio hospitalar. Responsável pelo fornecimento regular de oxigênio para as unidades de saúde públicas e privadas em Santa Catarina, a White Martins informou por meio de nota que registrou aumento de 98,8% no consumo nos últimos 30 dias no Estado.

No início de março, a empresa já tinha notificado um aumento de 66%, em relação ao começo de fevereiro. Na oportunidade, a White Martins informou que enviou um e-mail no dia 23 de fevereiro para a SES (Secretaria de Estado da Saúde). Além de relatar o crescimento no consumo acima do normal, a empresa solicitou a comunicação prévia do possível aumento da demanda, assim como uma previsão.

A diretora do Hospital Regional São Paulo, em Xanxerê, irmã Neusa Lucio Luiz, também demonstrou preocupação com o consumo fora do controle. Só essa unidade tem 27 pacientes intubados em leitos de enfermaria aguardando vaga em leitos de UTI nesta segunda-feira (15), por exemplo. “A nossa preocupação também é com o consumo de oxigênio, que triplicou nas últimas semanas”, desabafou a diretora.

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Para o superintendente de Vigilância em Saúde (SUV) de Santa Catarina, Eduardo Macário, 15% das pessoas com Covid-19 evoluem para casos graves. De acordo com o boletim de domingo (14) da SES, o Estado tem 37.119 casos ativos. O problema é que a maioria dessas vítimas necessitará de oxigênio hospitalar, seja em um leito de enfermaria ou de UTI.

Em Biguaçu, a UPA precisou ter os pontos de conexão dos cilindros de oxigênio ampliados na semana passada. Isto porque a unidade tem pacientes internados, com o alto consumo do insumo, que não conseguem transferência para um hospital.

A empresa alega que as unidades públicas e privadas são as responsáveis pela gestão da saúde e têm acesso a dados que compõem o panorama epidemiológico da Covid-19. “A White Martins – como qualquer fornecedora deste insumo – não tem condições de fazer qualquer prognóstico acerca da evolução abrupta ou exponencial da demanda”, disse em nota.

A assessoria de imprensa da SES informou que “embora o consumo de oxigênio seja muito elevado neste momento, não identificamos falta absoluta em nenhuma unidade hospitalar que possa ter gerado desassistência de paciente. A Secretaria de Estado da Saúde é responsável pela compra e abastecimento de gases medicinais para os hospitais próprios e até o momento não identificamos caso de desabastecimento nestes”.

Nota da empresa

A White Martins mantém o fornecimento regular de oxigênio aos seus clientes das redes de saúde pública e privada no Estado de Santa Catarina, conforme estabelecido em contrato. O consumo de oxigênio destas unidades de saúde no estado registrou aumento de 98,8% nos últimos trinta dias.

A empresa mantém contato constante com seus clientes e autoridades de saúde locais sobre variações de consumo do produto. Nestas oportunidades, a companhia solicita que sejam comunicadas previamente e formalmente as necessidades de acréscimo no fornecimento do produto bem como a previsão da demanda. Isso porque compete às instituições de saúde públicas e privadas sinalizar qualquer incremento real ou potencial de volume de gases às empresas fornecedoras.

Estes estabelecimentos são responsáveis pela gestão da saúde e têm acesso a dados que compõem o panorama epidemiológico da COVID-19, como o índice e a velocidade de contágio da doença, o crescimento da taxa de ocupação de leitos, a abertura de novos leitos, a implantação de hospitais de campanha, a quantidade de pacientes atendidos, bem como a classificação dos casos. A White Martins – como qualquer fornecedora deste insumo – não tem condições de fazer qualquer prognóstico acerca da evolução abrupta ou exponencial da demanda.

 

ND Online

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