Coronavírus: Catarinense diz que informações ainda desencontradas em Portugal

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Em Portugal, até o momento, foram confirmados 112 casos da doença e há outros 1308 sob suspeita. A situação lá é bem mais crítica e preocupante do que aqui, até pelo país ter uma população 20 vezes menor que a do Brasil.

A brasileira Gabriela Schwanka, 36 anos, vive com o marido em Portugal desde junho de 2018. Ela morava em Balneário Camboriú quando resolveu recomeçar a vida na Europa junto com o marido Bernardo Schwanka, 35. O casal vive em Aveiro.

De acordo com o relato de Gabriela, a população tem a sensação de que não está sendo informada corretamente pelo governo sobre o número de casos e também sobre a gravidade da situação. Os números oficiais diferem muito do que tem sido noticiado nos jornais.

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Em meio ao clima de incerteza, na última quinta-feira, o governo português anunciou que todas as escolas e universidades portuguesas ficarão fechadas até o dia 9 de abril.

Na sexta-feira, o governo assinou uma declaração de Situação de Alerta, que é um apelo para conscientização da população sobre a gravidade da situação. Algumas casas noturnas foram fechadas. O não cumprimento das recomendações é considerado crime no país.

Apesar das medidas adotadas, Portugal não entrou oficialmente em quarentena, então as recomendações do governo são seguir as regras de higiene sanitária e evitar aglomerações. Muitas pessoas ainda continuam trabalhando normalmente em mercados e centros comerciais.

Por outro lado, boa parte da população optou por uma “quarentena voluntária” como forma de tentar diminuir a propagação do vírus. Nos supermercados, por exemplo, muitas prateleiras começam a ficar vazias, apesar de os lojistas garantirem que ainda não há risco de faltar produtos.

Portugal tem um sistema muito similar ao SUS, que é o Serviço Nacional de Saúde. O SNS português disponibiliza um canal via telefone chamado “Saúde 24,” onde passa orientações à população que sente os sintomas de gripe.

Gabriela explica que a recomendação do governo é que as pessoas não se dirijam até os hospitais. Em casos de suspeita de contaminação devem ligar para o “Saúde 24” e falar com médicos e enfermeiros que, depois de um questionário, receitam remédios para a gripe.

A recomendação é não sair de casa e só procurar o hospital em caso de febre alta. A brasileira também conta que dependendo do quadro do paciente, o exame para detectar o coronavírus é cobrado e numa clínica particular vai custar cerca de 250 euros.

Quando a contaminação é confirmada, as pessoas são internadas nas chamadas áreas de isolamento dos hospitais. Quem teve contato com pacientes infectados deverá ficar em quarentena e observação dentro de casa.

Por Diarinho

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