Em 6 de março, Santa Catarina havia alcançando a preocupante marca de 39 mil casos ativos de Covid-19, um recorde no Estado. Cerca de um mês depois, na segunda-feira (5), o número caiu quase pela metade, chegando a 20 mil pacientes em acompanhamento.
A queda de 48%, no entanto, não alivia completamente a situação do Estado, já que o número de mortes não para de crescer. Na última atualização feita pela SES (Secretaria de Estado da Saúde), 81 novos óbitos foram registrados.
Em 26 de março, o número de mortes em um único dia chegou a 210, o maior já registrado em Santa Catarina desde 2020.
Os dados revelam um panorama crítico no sistema de saúde, com 1.031 internados pela doença em todo o Estado. No domingo (4), 241 pacientes com Covid-19 seguiam aguardando transferência para leitos de UTI.
A situação preocupa, já que cada paciente tende a ficar, em média, 14 dias internado. Casos mais críticos, inclusive, podem ficar meses nos hospitais. A taxa de letalidade no Estado é de 1,4%.
Perfil da doença
De todas as 11 mil vítimas que morreram por Covid-19 em Santa Catarina, 72,5% tinham comorbidades e quase metade sofria de doença cardiovascular crônica, representando 47,9% dos casos. Apenas 2.909 vítimas não tinham doenças agravantes, cerca de 26%.
Os dados são da SES e evidenciam o perfil dos pacientes que perderam a vida para o coronavírus.
Ainda é comum entre as vítimas, comorbidades como diabetes (31,9%) e a obesidade, que acometeu cerca de 12,9% das vítimas. Cerca de 9,6% dos pacientes eram hipertensos e 9,5% sofriam de doença pneumática crônica. Doença neurológica crônica atingiu 7,16% dos casos.
Segundo o registro do Estado, quase metade das vítimas fatais não sentiu febre. O sintoma atingiu apenas 5.899 moradores, o que corresponde a 54,2% de todo o quadro de vítimas.
ND Online