Dança das cadeiras na prefeitura

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Março começou, além de chuvoso, bastante movimentado nas portarias de nomeação e exoneração, na primeira edição do diário oficial do mês.

Tem alguns destaques interessantes na lista dos 10 nomeados e 6 exonerados (apenas 1 foi remanejado e uns 3 voltando). Principalmente em cargos que juraram de pé juntinho que nunca iriam nomear ninguém, mas serviu de trampolim para eleger vereador do partido do prefeito. Que coisa.

Exonerados 

Entre os exonerados, a prefeitura perde a jornalista Caroline Poerner. Pau para toda obra, inteligente, ligeira e competente, Caroline deixa a prefeitura “a pedido”, embora a portaria diz que foi apenas exonerada. Questionei Carol do porquê, não entrou em detalhes. Apenas disse que está fora.

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Outro que passou por vários lugares e se limitou a tirar foto e fazer postagem eleitoreira por onde passou, foi Humberto Dalécio. O ex-cargo, que também é presidente de associação de bairro, fez até cartinha de despedida na sexta. Eu espero até hoje a resposta de uma pergunta que fiz há 2 anos, sobre o setor que ele tocava. Competência demais. Dizem nos bastidores que não dá 2 meses para ele começar a falar mal do governo. Bando de bocudo.

Nomeados

Teve dois cargos ligados ao vereador Anderson dos Santos nomeados. Tem um terceiro que vou falar mais abaixo. Loteamento foi grande.

Fabio Nunes que era da defesa civil, volta lotado na Inclusão Social.

O grande, flamenguista e competente Galo (Edinan) volta para a Emasa. Esse merece, trabalha como poucos e põe a mão na massa. Bom retorno, Galo.

Tem cargo indicado por gente do PR, tem nome novo na Emasa que não tenho como opinar pois não conheço o trabalho. Mas sei que foi uma leva.

Subprefeitura da Região Sul 

Sabe aquele polêmico cargo que foi prometido em 2016 que nunca seria preenchido? Então, como ninguém é de ferro, ele foi ocupado em 2019 por Anderson dos Santos. Cargo este que, junto com o apoio do secretário Mazoca, rendeu a eleição para vereador em 2020 para vereador do Podemos.

Agora, Anderson nomeia seu apoiador, Ivo Reis, para assumir como subprefeito da região sul. Não faço ideia quem seja Ivo, qual sua formação ou sua experiência em gestão. E olha que morei 6 anos na Barra e nunca ouvi falar.

Moeda de troca

A verdade é que a Subprefeitura da Região Sul era para ser de uma indicação do vereador Gelson Rodrigues. Na época, o cargo foi cordialmente cedido para que Gelson tirasse o pé da eleição da Câmara, a pedido do prefeito, para eleger Omar Tomalih como chefe da casa do Povo.

Sim, Gelson estava praticamente eleito presidente da Câmara para 2019. Ele desistiu para que o prefeito pudesse eleger o Omar que, mesmo com os votos da base suficientes para ganhar, vendeu a alma para o capeta para ter unanimidade e articulou até com a oposição. Em troca, Gelson nomearia a subprefeitura.

Tapetão

Acontece que, naquela vez, mais uma vez, Gelson cedeu as vontades do alcaide, abriu mão da subprefeitura, para que Anderson fosse nomeado. Nessa história, Gelson sofreu um gigante tapetão mais uma vez, pois perdeu votos para Anderson na região sul, que usou a maquina fortemente para levantar seu nome, com o total apoio do secretário de obras.

Gelson já está todo lanhado de tomar rasteira. Mas se contenta e continua se iludindo com promessas. Assim como foi a proposta para a procuradoria do município há uns anos, que nunca se efetivou.

Sobre as rasteiras que Gelson tomou, falo com mais detalhes em outra oportunidade, quando eu resolver me manifestar sobre a eleição da Câmara que gerou o “climão fake” entre prefeito e vice.

Anderson não está errado, tá fazendo política. Errado é quem não tem palavra e não cumpre com acordos.


 

Dança das cadeiras na prefeitura
Coluna Ácido Úrico – Por Gian Del Sent

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