Duda Cunha, ex sócio da Green Valley, está preso na Canhanduba

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O empresário Duda Cunha, ex-sócio do grupo Green Valley e proprietário da corretora de câmbio Multimoney, e o diretor de operações da corretora, Manuel Craveiro da Fonseca, chegaram no início da noite de sexta-feira ao complexo penitenciário da Canhanduba, em Itajaí.
Duda e Manuel foram presos na quinta-feira, em São Paulo, por ordem de uma prisão preventiva. Eles foram transferidos pra Santa Catarina, na tarde de sexta, num voo comercial. Duda e Manuel, escoltados por federais, aterrissaram por volta das 16h30 no aeroporto de Navegantes. Eles embarcaram em um carro da polícia Federal, que os esperava próximo ao desembarque.
Duda e Manuel foram os últimos a deixarem a aeronave da TAM. Eles vestiam roupas de passeio e não estavam algemados. Duda usava boné, óculos de grau, carregava uma sacola plástica e empurrava uma mala de rodinhas.
Manuel só carregava uma sacola plástica grande. Antes das 19h, os dois presos deram entrada no cadeião da Canhanduba.
O empresário Duda é também advogado. Por ter curso superior, ele tem direito a cela reservada.
Investigação da PF
O empresário Duda e o diretor de operações da corretora foram presos na operação Line UP, da PF. São investigados crimes financeiros e de lavagem de dinheiro por meio da contratação de DJs, fraudes em operações cambiais e em contratos de comércio exterior envolvendo a casa de câmbio, a casa noturna de Balneário Camboriú e empresas de importação e exportação.
O advogado Nilton Macedo Machado faz a defesa do empresário e a do diretor da corretora. Ele informou que teve acesso aos autos e adiantou que vai entrar com um pedido de habeas corpus pra reverter a ordem de prisão preventiva. Nilton não quis dar detalhes sobre a investigação porque solicitou à Varal Federal que o caso seja tratado em segredo de justiça.
Shows de DJs
O empresário é acusado de lavagem de dinheiro por meio da realização de eventos na Green Valley com a contratação de DJs internacionais. Os valores seriam subfaturados. Os shows de dois DJs estrangeiros, entre os anos de 2013 e 2014, deram início a investigação. Os nomes dos artistas não foram divulgados. Foi a partir da contratação supostamente fraudulenta desses DJs, que começou a investigação sobre evasão de divisas.
A polícia Federal chegou até a Multimoney, do mesmo grupo econômico da Green Valley, apontando a prática de outros crimes financeiros e fraudes em operações cambiais.
Até transações de câmbio que usavam os nomes de pessoas falecidas foram apuradas pela PF. A investigação policial analisa movimentações de mais de R$ 2 bilhões pela corretora de câmbio Multimoney.
Na época, Duda era sócio da Green Valley, mas segundo o advogado Nilton, ele saiu da sociedade recentemente.
No perfil que mantém nas redes sociais, Duda Cunha ainda se apresentacomo ligado às casas noturnas Fields, Green Valley, Maria’s e Wood’s, além do site www.ingressonacional. jb/fm nPF fez apreensões em Itajaí, Balneário, Blu e São Paulo

Na quinta-feira, foram cumpridas 14 ordens de busca e apreensão pela PF, sendo nove em Santa Catarina (Itajaí, Balneário e Blumenau), e cinco em São Paulo.
As prisões rolaram em São Paulo, sede da empresa, onde diversos documentos e computadores foram apreendidos. Em Balneário, além do escritório da Green Valley, houve batidas na agência da Multimoney no shopping Atlântico, em empresas de turismo e exportadoras.
Os crimes investigados envolvem gestão fraudulenta, fraude contábil, fraude cambial, lavagem de dinheiro, formação de organização criminosa e obstrução de investigação contra o crime organizado.

Por: Diarinho
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