O empresário Eike Batista foi preso na manhã desta quinta-feira (8) e, no início da tarde, deixou a sede da Polícia Federal (PF) rumo à Cadeia Pública José Frederico Marques. Ele chegou ao local, que é um presídio de triagem, por volta de 14h30. De lá, segue para Bangu 8, onde está preso o ex-governador Sérgio Cabral (MDB).
No final da manhã ele estava detido na sede da PF e será levado, ao longo desta quinta, para o presídio de Bangu 8, na Zona Oeste do Rio, o mesmo onde está o ex-governador Sérgio Cabral (MDB).
Eike estava em casa, no Jardim Botânico, na Zona Sul do Rio de Janeiro, onde há cerca de dois anos e meio cumpria medida cautelar. O empresário chegou à sede da PF, na Praça Mauá, às 10h25.
Batizada de Segredo de Midas, a operação desta quinta levou em conta delações de seis pessoas. Uma delas é o banqueiro Eduardo Plass, que já foi preso pela Lava Jato.
Informações privilegiadas alimentavam a propina
Segundo as investigações, Eike e seu sócio, Luiz Arthur Andrade Correia, o Zartha, diretor de investimentos da EBX, recebiam informações privilegiadas e investiam no mercado financeiro sem que seus nomes aparecessem.
Os ganhos desses investimentos, feitos por meio da empresa “The Adviser Investiments”, segundo o colaborador Eduardo Plass, eram revertidos em propinas para o então governador Sérgio Cabral.
— Foto: Rodrigo Sanches/Editoria de Arte G1
Os investigadores calculam US$ 16,5 milhões em propina (R$ 65 milhões) para que o então governador favorecesse os “interesses privados das empresas do Grupo X no Estado do Rio de Janeiro”.
A defesa de Eike Batista informou, em nota, que apresentará recurso. O advogado Fernando Martins explicou que a prisão temporária foi decretada com o fundamento de que fosse ouvido em sede policial sobre fatos supostamente ocorridos em 2013.
Os mandados da Operação Segredo de Midas
O juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal do RJ, expediu para esta fase da Lava Jato dois mandados de prisão:
Eike Furkhen Batista, prisão temporária, já cumprida;
Luiz Arthur Andrade Correia, o Zartha, diretor de investimentos do grupo EBX; prisão preventiva. Ele está no exterior e já é considerado foragido.
Há ainda quatro mandados de busca e apreensão, em desfavor do próprio Eike, dos filhos Thor e Olin e de José Gustavo de Souza Costa.