Espaço Expresso – Por Alexandra Gonzalez Santos

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Abuso

“A festa acabou ontem, hoje é a ressaca dos barraqueiros e esse é o nosso governo, tá bom assim pra ti?” Essa foi a resposta dada pelo secretário de Finanças de Camboriú, Fernandinho Garcia, ao presidente da CDL da cidade, o comerciante Natanael Santos. Natanael tentou, sem sucesso, falar com o Doutor sobre a permanência do comércio nas vias e calçadas no Município, mesmo após o término da festa dos Gideões.
Na verdade a baderna do comércio dessa festa ultrapassou todos os limites, assim como a incompetência desse governo do MDB. Um secretário, seja ele quem for, dar uma resposta dessas, seria para ser exonerado na hora, caso o prefeito tivesse comando sobre o governo. Mas não tem.
Infelizmente o Doutor já mostrou que na administração dele manda todo mundo, menos ele.
Mas calma, meus pouquíssimos leitores, um dia isso tudo acaba, claro que acaba. Falta mais de um ano, é verdade; ainda vai demorar; mas acaba!

Abuso II

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Durante a sessão de terça-feira, 7, na Câmara, esse secretário, Fernandinho Garcia, também num ato de total falta de educação, tentou interferir na fala do vereador Adriano Gervásio e foi chamado atenção pelo presidente da Casa, vereador Zeca Simas, que lhe deu um “passa fora: “Se comporta, Fernandinho! Tu és um secretário. O Vereador que é uma autoridade, está falando!”, disse Zeca em tom repreensivo.
Bem lembrado, Zeca! Tem muito secretário que se acha e pensa que é alguma autoridade. Secretário é nada mais, nada menos que um cargo do prefeito, e que lhe deve obediência. Secretário é um funcionário do povo, escolhido apenas pelo prefeito. Vereador, assim como prefeito e seu vice, são autoridades constituídas, eleitas pela população.
Valeu o “pito” nesse Secretário, Presidente; quem sabe assim ele se coloca no lugar dele.

Lotada

A sessão da Câmara de terça-feira,7, ficou com a plateia lotada pelos cargos de confiança da Prefeitura, incluindo o Doutor, que assistia de camarote a decisão do seu futuro político (que pode ser negro). Na sessão os vereadores votaram, e aprovaram, denúncia feita por alguns munícipes contra o prefeito Elcio Kuhnen e seu vice Ramon Jacob, por infração político-administrativa, devido a possíveis irregularidades na aquisição e pagamento de lajotas e meios-fios pela Prefeitura, apontadas no parecer final da CPI aprovada e encaminhada ao Ministério Público.

Missa encomendada

Eu já havia mencionado aqui, na semana passada, que na minha opinião essa CPI é orquestrada por gente graúda, que conhece bem o ritmo da cidade, embora atualmente esteja morando na cidade vizinha. O mesmo aconteceu no governo do galo Edinho Olegário. Monta-se uma CPI e depois surge o salvador (ou salvadora) da pátria.
Não que não haja irregularidades no governo do Doutor. Não duvido nem por um segundo da seriedade com que os vereadores da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) trabalharam. Mas divido com vocês, meus pouquíssimos leitores, a trajetória do meu raciocínio: O governo do Doutor não está bom. Isso é fato. Muita gente ruim por metro quadrado. Logo, fica fácil achar um erro. Denúncias e mais denúncias e uma CPI faz uma cortina de fumaça para os escândalos, que envolveram a administração da Tucana. Uma CPI por irregularidade desvirtua as acusações e prisões feitas a secretários, vereadores e até a ex-prefeita Luzia Coppi Mathias.
Mostrar os erros desse governo, tira o foco das prisões do governo passado. BINGO!

Missa encomendada II

CPI votada; CPI aprovada e enviada para o Ministério Público. O assunto poderia estar encerrado. Mas não, o Doutor tem que seguir sendo o foco, então arruma-se alguns munícipes para formular uma denúncia para abrir nova sindicância no Palácio de Pedras, de modo que as possíveis irregularidades do governo do Doutor se mantenha na boca do povo e na mídia.
E não são pessoas comuns, do povo. Basta ver os denunciantes, que se chega ao maestro. Não que eles estejam errados. Se houve irregularidades, têm que ser averiguadas; denunciadas e, se preciso for, que o mandato do Doutor seja cassado.
Só fica um questionamento, meus pouquíssimos leitores: por onde andavam esses denunciantes no governo passado, quando a Tucana aprovou rapidamente um projeto cheio de irregularidades na Câmara e anunciou a concessão da água por 35 anos; ameaçando passar com um trator por cima de quem tentasse impedir. Se vocês souberem por onde eles andavam, me informe, por favor.

Missa encomendada III

Na minha (humilde) opinião, todo esse circo armado na Câmara serve de campanha antecipada para o pleito de 2020 que, com a cassação do Doutor, pode ser antecipado. Não caio na conversa, e tenho certeza que meus pouquíssimos leitores também não, de que a cassação é uma manobra para que o presidente da Câmara, Zeca Simas (DEM) assuma a Prefeitura. Isso pode acontecer por alguns meses; mas o foco é maior. E aqui eu respondo a pergunta que eu fiz na edição passada, quando questionei: “por onde andava o Zeca Simas na gestão passada, onde Camboriú tomou duros golpes”? Resposta: O Vereador, que hoje ocupa a presidência da Casa e conduz muito bem as sessões, estava do lado da Tucana, rezando pela cartilha da realeza.
Só a título de ilustração, coloco aqui um print da Lei Orgânica do Município, que rege o pleito eleitoral, caso o prefeito e seu vice tenham seus direitos cassados dentro dos três primeiros anos de mandato. Nesse caso, o Presidente da Câmara (Zeca Simas) assume a Prefeitura por até 90 dias e chama nova eleição.


Um doce para quem adivinhar quem vem de candidata. Será que diante disso passa a fazer sentido o “Até Breve”, que vem incomodando algumas pessoas aqui na terrinha?

“Barrados no baile”

Esse Encontro dos Gideões fica marcado de forma positiva pela presença do presidente da República, Jair Bolsonaro, que veio ao Município prestigiar a abertura do evento. O fato reuniu grande público na cidade, que se aglomerava no ginásio Irineu Bornhausen, na esperança de chegar perto do Mito. Enquanto isso, ao chegar na cidade, no trajeto do estádio Robertão, de onde desceu do helicóptero, até o ginásio, o Presidente parou cinco vezes, desceu do carro, cumprimentando a população que o saudava. Foi lindo de ver!
Já no ginásio a situação beirou o ridículo. No palco só cartas marcadas, escolhidas a dedo pelos “irmãos”. Os vereadores de Camboriú, autoridades constituídas, e que merecem respeito de todos, foram impedidos de subir ao palco onde desfilavam membros da Assembleia de Deus e esposas; ex-vereadores; membros do MDB; assessores da Prefeitura; prefeitos das cidades vizinhas; esposa do Prefeito de Camboriú; enfim, uma centena de pessoas que poderiam e deveriam ficar fora do palco, caso a seleção tivesse sido feita por ordem de importância.
Os vereadores de Camboriú? Aqueles que são bajulados pela cúpula da Assembleia de Deus na hora de assinar a aprovação da verba de mais de R$ 300 mil para que a festa aconteça? Esses foram “barrados no baile” e ficaram num “cercadinho” preparado para eles, no meio do povão; bem longe do Mito e de seus bajuladores.
Já tem vereador dizendo que ano que vem não assinará o repasse da verba pública para ser gasto na festa. Que assim seja!

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