Esposa de deputado lulista é nomeada em gabinete de ministra do STF

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A advogada Priscila Barbosa Carnaúba, de 30 anos, mulher do senador Randolfe Rodrigues, foi nomeada nesta semana para um cargo comissionado no Supremo Tribunal Federal (STF).

A informação é do jornalista Paulo Cappelli, do Metrópoles.

Segundo a publicação, ela tem atuado como assessora no gabinete da ministra Cármem Lúcia, com remuneração de cerca de R$ 13 mil mensais. A nomeação foi assinada no último dia 21 de setembro pela então presidente da Corte, ministra Rosa Weber.

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Procurada pela coluna, Lúcia afirmou que selecionou a profissional por meio de critério objetivo.

“Os critérios de seleção foram objetivos. Havia vaga de assessor no gabinete da Ministra Cármen Lúcia, diversos currículos foram analisados e, após entrevista e por cumprir as exigências, ela foi selecionada por ter mais ligação com temas de direito público. Assim como a escolha não é feita por indicação de outros poderes, o fato de se ter uma relação externa com alguém de outro poder não é fator de veto. Neste ano, o gabinete da Ministra Cármen Lúcia nomeou três assessoras, todas jovens advogadas e preparadas para a função. No gabinete da ministra, todos os assessores cumprem o horário de trabalho das 10h às 19h, presencialmente, sem distinção”, diz o comunicado.

Ativo nas redes sociais, Randolfe Rodrigues não se manifestou sobre o assunto.

CASAMENTO

A cerimônia de casamento entre o senador Randolfe Rodrigues com a advogada Priscila Barbosa Carnaúba, aconteceu em 28 de julho de 2023 e contou com a presença dos padrinhos Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a primeira-dama Janja Lula da Silva, o cantor Caetano Veloso e sua mulher, Paula Lavigne.

À época, Cristiano Zanin, então advogado de Lula que viria a assumir a vaga deixada pelo ministro Ricardo Lewandowski no STF em agosto, também foi convidado, mas não compareceu.

A esposa, Priscila Carnaúba, é natural de Arapiraca (AL) e filha do dr. Jailson Barros Carnaúba, vereador de Maragogi (AL) eleito em 2020 pelo PSDB.

Decisões a favor da Rede, da qual Randolfe Rodrigues era filiado

Em 18 de dezembro de 2020, Cármen acolheu um pedido da Rede Sustentabilidade contra o então presidente Jair Bolsonaro. A juíza do STF mandou a Procuradoria-Geral da República investigar se Agência Brasileira de Inteligência (Abin) ajudou na defesa do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) na tentativa de anular o caso das “rachadinhas”.

Filiado à sigla à época, Rodrigues comemorou a decisão no Twitter. “Atendendo a nosso pedido, a ministra Cármen Lúcia determinou à PGR para investigar os relatórios elaborados pela Abin para orientar a defesa de Flávio Bolsonaro no caso Queiroz”, escreveu Randolfe, no Twitter/X.

Quatro meses antes dessa decisão, Cármen, que era relatora de uma ação da Rede e do PSB contra o governo, votou para limitar a atuação da Abin.

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