Fábricas de vacina animal podem ser alternativa para combater Covid-19

Marcelo Queiroga se reuniu com o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom – Foto: Alan Santos/PR/Divulgação/ND
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O governo federal avalia utilizar fábricas de vacinas para animais na produção de imunizantes contra o novo coronavírus. A informação foi dada neste sábado (3) pelo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, que se reuniu com o diretor-geral da OMS (Organização Mundial da Saúde), Tedros Adhanom.

Em meio a críticas pelo ritmo lento da vacinação contra a Covid-19 no Brasil, o ministro afirmou que o uso de fábricas de produtos para animais pode contribuir para que o Brasil não só amplie a capacidade de vacinação própria, mas também futuramente ofereça doses a outros países.

Segundo Marcelo Queiroga, na reunião também foram discutidas medidas que possam assegurar mais vacinas para os próximos três meses.

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Após reduzir previsões anteriores, o ministro afirmou que o país tem asseguradas 30 milhões de doses para abril, o que, segundo ele, permite ao governo continuar aplicando neste mês a marca de 1 milhão de doses ao dia. “Primeiro objetivo é em abril conseguir permanecer todos os dias com um milhão de doses”, afirmou. Essa marca, porém, só foi atingida uma vez – na última quinta-feira (1º).

Queiroga também comentou que o Brasil tem “negociado fortemente” com a embaixada da China sobre a ampliação de disponibilidade do IFA (Insumo Farmacêutica Ativo), principal componente das vacinas.

A estratégia de adaptar a indústria de produtos de saúde animal foi vista positivamente pela Anvisa, que disse não se opor à medida. Essa indústria possui três plantas com nível de biossegurança máxima. Segundo o vice-presidente do Sindan (Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para a Saúde Animal), Emílio Salani, há capacidade suficiente para atender a demanda de vacinação em todo o país.

ND Online

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