Febre Maculosa – Entenda a doença, suas formas de transmissão, cuidados e prevenção

Carrapato-estrela, transmissor da bactéria causadora da Febre Maculosa. Foto: Jerry Kirkhart/Wikimedia
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A febre maculosa é uma doença infecciosa causada pela bactéria Rickettsia rickettsii, transmitida aos seres humanos por meio da picada do carrapato-estrela (Amblyomma sculptum).

A doença recebe esse nome devido às manchas vermelhas (máculas) que surgem na pele dos pacientes infectados. Com o objetivo de informar e conscientizar a população, esta matéria irá abordar diversos aspectos relacionados à febre maculosa, incluindo sua transmissão, cuidados, prevenção e tratamento.

Em Santa Catarina, o estado registrou 41 casos de febre maculosa em 2022. Neste ano, até agora, já são 18 casos confirmados. É importante destacar que Santa Catarina não tem registro de óbitos por febre maculosa, justamente porque a bactéria encontrada no estado é a que produz quadros menos graves.

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O Ministério da Saúde atualizou para 53 o número de casos de febre maculosa confirmados este ano no país, com oito mortes registradas. Todos os óbitos ocorreram na Região Sudeste — seis em São Paulo, um em Minas Gerais e um no Rio de Janeiro. Quanto ao número de casos, a maior concentração de ocorrências é verificada nas regiões Sudeste (30) e Sul (17). 

O que é a febre maculosa?

A febre maculosa é uma doença grave que pode levar à morte se não for tratada precocemente. A bactéria Rickettsia rickettsii é encontrada principalmente em carrapatos-estrela, que se hospedam em animais como cães, cavalos, capivaras e roedores. A infecção ocorre quando esses carrapatos entram em contato com os seres humanos, geralmente durante atividades ao ar livre em áreas rurais ou com vegetação densa.

Como ocorre a transmissão?

A principal forma de transmissão da febre maculosa é pela picada do carrapato-estrela infectado. Quando um carrapato contaminado se fixa na pele humana e se alimenta do sangue, a bactéria presente em seu organismo é transmitida para a corrente sanguínea da vítima. É importante ressaltar que a doença não é transmitida de pessoa para pessoa.

Quais são os sintomas?

Os sintomas da febre maculosa geralmente aparecem de 2 a 14 dias após a picada do carrapato infectado. Os principais sintomas incluem febre alta, dor de cabeça intensa, dores musculares, náuseas, vômitos e erupção cutânea caracterizada por manchas vermelhas na pele. Em casos mais graves, a doença pode afetar órgãos como rins, pulmões e cérebro, podendo levar a complicações sérias.

Cuidados e prevenção:

  • Evite áreas com vegetação densa e infestadas de carrapatos, principalmente em épocas de maior incidência.
  • Utilize roupas adequadas ao frequentar áreas propensas à presença de carrapatos, como calças compridas, camisas de mangas longas e sapatos fechados.
  • Faça o uso de repelentes de insetos, seguindo as instruções de aplicação.
  • Ao retornar de atividades ao ar livre, verifique cuidadosamente o corpo em busca de carrapatos, prestando atenção especial nas áreas quentes e úmidas do corpo.
  • Realize a remoção correta dos carrapatos, utilizando pinças apropriadas e evitando espremê-los.
  • Mantenha o ambiente limpo e livre de animais hospedeiros de carrapatos.

Tratamento da febre maculosa:

O tratamento da febre maculosa deve ser iniciado o mais rápido possível, preferencialmente nas primeiras 48 horas após o início dos sintomas. A administração de antibióticos, como a doxiciclina, é a forma mais eficaz de combater a infecção. Nos casos mais graves, hospitalização pode ser necessária para monitorar e tratar complicações, como insuficiência renal ou problemas respiratórios.

É importante ressaltar que a prevenção é fundamental na luta contra a febre maculosa. A conscientização sobre os cuidados necessários ao frequentar áreas propensas à presença de carrapatos e a busca por atendimento médico imediato em caso de suspeita da doença são medidas essenciais para evitar complicações graves.

Ao adotar medidas de prevenção e buscar informação sobre a febre maculosa, todos podem contribuir para a redução dos casos e a preservação da saúde pública.

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