FMI diz que desempenho econômico do Brasil tem sido melhor que o esperado

Os diretores executivos do Fundo também elogiaram as autoridades brasileiras por sua resposta política decisiva aos impactos da pandemia, reduzindo significativamente a gravidade da recessão de 2020.| Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil
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Um relatório anual divulgado na quarta-feira (22) pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) aponta que o desempenho da  economia brasileira tem sido melhor que o esperado, em parte motivada pela forte resposta política das  autoridades frente à pandemia. A conclusão foi divulgada no Artigo IV de 2021.

De acordo com o documento elaborado pela organização financeira, o PIB brasileiro recuperou seu nível pré-pandêmico em 2021 e o ritmo econômico continua favorável, apoiado pela expansão e crescimento robusto do crédito ao setor privado. “Projeta-se que o PIB real cresça 5,3% em 2021. Um mercado de trabalho em melhoria e altos níveis de poupança das famílias apoiarão o consumo e, à medida que as vacinações continuarem, a demanda reprimida por serviços pessoais irá crescer. Os estoques esgotados serão reconstruídos e a alta nos preços das commodities apoiará novos investimentos”, diz o relatório.

A análise do FMI traz ainda uma previsão de queda para a inflação e da dívida pública. “A inflação deverá cair continuamente dos picos recentes em direção ao ponto médio do intervalo da meta até o final de 2022. Depois de saltar para 99% do PIB em 2020, a dívida pública deverá cair drasticamente para 92% do PIB em 2021 e permanecer em torno desse nível no médio prazo. A incerteza quanto às perspectivas é excepcionalmente alta, mas os riscos para o crescimento são vistos como amplamente equilibrados.”

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Os diretores executivos do Fundo também elogiaram as autoridades brasileiras por sua resposta política decisiva aos impactos da pandemia, reduzindo significativamente a gravidade da recessão de 2020 e aliviando seus efeitos sobre os mais vulneráveis, ao mesmo tempo em que se preparou para uma forte recuperação em 2021,  citando as reformas levadas ao Congresso. “Os diretores saudaram o impulso das reformas institucionais, apesar da pandemia, para criar as bases para uma economia mais competitiva. São necessários mais esforços políticos para reforçar a confiança do mercado, fomentar o investimento liderado pelo setor privado e fortalecer as perspectivas de médio prazo.”

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