Os postos de combustíveis de Itajaí começaram a mostrar uma baixa no preço da gasolina. O litro que chegou a ser vendido a R$ 4,39 baixou. Tem posto vendendo gasolina a R$ 3,83 nos bairros Cordeiros e São João, em Itajaí, por exemplo.
Em Balneário Camboriú e Camboriú, tem postos vendendo a gasolina comum por até R$3,95.
César Ferreira Júnior, secretário Executivo do Sincombustíveis de Itajaí, explica que a baixa no valor da gasosa ocorre porque houve quatro reduções no preço das refinarias nos dias 13, 19, 25 e 28 de março. “Eu não comento preço de bomba, porque cada revendedor tem a sua planilha individual de custo, mas muito provavelmente a redução na bomba deve ser o repasse dessas reduções”, explica.
César volta a frisar que as reduções no preços das refinarias ocorrem em cima somente da gasolina A. A gasolina da bomba é a C, composta por 73% de gasolina A e 27% do álcool anidro. “A redução que é estipulada pelo governo federal não é a mesma, e nunca será, que a redução que teremos na bomba. Muita gente faz essa confusão”, comenta.
O representante do Sincombustíveis comenta que o setor, embora tenha sido considerado essencial pelo governo, também está sendo atingido pela pandemia de coronavírus. “Há uma queda de venda em média de 90% até porque tu vais abastecer o carro para ir aonde? Com exceção das pessoas que estão trabalhado, que são dos serviços essenciais e que precisam ir ao trabalho, o restante não tem o que fazer”, opina.
A agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis também orientou o setor a reduzir o horário de atendimento nos postos, atuando das 7h às 19h, de segunda-feira a sábado. Como muitos postos têm funcionários do grupo de risco, com mais de 60 anos ou com doenças crônicas, também houve a redução no quadro de funcionários.
ICMS intocável
Para César o maior agravante da crise é a falta de redução no ICMS, que é um imposto estadual. Segundo ele, o governo do estado não fez a sua parte. O governo cobra 25% do ICMS em cima do preço Médio ao Consumidor Final (PMCF), que é o preço de venda em bomba.
“Mais um prejuízo está sento absorvido pelo revendedor, que vende a R$ 3,80 e R$ 3,90 e estão pagando ICMS em cima de R$ 4,32, que esse é o imposto que o governo está cobrando.
Tu vendes a gasolina 30 e 35 centavos mais barata, mas acaba pagando R$ 4,32 para o governo do estado, uma situação complicada, que o setor está vivendo nesse momento”, critica.
Por Diarinho