O governador Carlos Moisés (PSL) terá reunião com os prefeitos na terça-feira para discutir novas restrições em Santa Catarina. Segundo a secretaria Estadual de Saúde, os resultados dos dois últimos finais de semana de lockdown seriam avaliados pra definir novas ações. As medidas de fechamento de comércios e espaços públicos e a proibição de serviços não essenciais aos finais de semana poderão ser prorrogadas. Outras restrições poderão ser adotadas.
Também devem participar da discussão representantes do ministério Público e da assembleia Legislativa. As medidas vão depender da análise dos números da fiscalização após o segundo final de semana de restrições. Ainda no domingo, o governador iniciou conversas sobre os resultados com os principais secretários estaduais.
Na tarde de segunda-feira, os prefeitos da Amfri voltaram a se reunir pra discutir o agravamento da pandemia na região e a abertura de novos leitos intensivos. No domingo, o centro de Covid de Balneário Camboriú estava com os 30 leitos de UTI lotados e o hospital Marieta Konder Bornhausen registrava 91% de lotação das UTIs, com seis leitos vagos. São esperados 15 novos leitos de UTI pra região, 10 em Itajaí e cinco em Balneário.
Governadores querem ações conjuntas
No domingo, governadores anunciaram adotar medidas em conjunto, num pacto nacional contra a covid. Até domingo, 22 de 27 governadores, com o Distrito Federal, tinham aderido à proposta, incluindo Santa Catarina. O grupo pretende articular ações conjuntas, como a compra de vacinas e novas restrições pra frear a pandemia e a alta na ocupação hospitalar.
“Não adianta o meu estado fazer e outro não fazer. Isso é o que chamei de ‘enxugar gelo’, ou seja, a transmissibilidade tem que ser cortada nacionalmente”, disse em entrevista no domingo o governador do Piauí, Wellington Dias (PT), coordenador do fórum Nacional dos Governadores.
Em carta divulgada na semana passada, os secretários estaduais de saúde já haviam defendido um lockdown nos estados em que a lotação dos hospitais esteja acima dos 85%. O grupo listou medidas drásticas, como toque de recolher das 20h às 6h, fechamento de praias e bares e suspensão das aulas presenciais.