Um homem foi detido, neste domingo (14), após tentar agarrar uma funcionária de uma loja do Shopping Iguatemi, no Lago Norte, área nobre de Brasília. Segundo relato da vendedora, o cliente – que não falava português – entrou no comércio pedindo para provar algumas roupas.
A jovem atendeu o cliente em inglês. Segundo ela, quando foi entregar as roupas no provador, o homem havia deixado a cortina aberta e estava vestindo apenas camisa e cueca. A vendedora disse que jogou as roupas no cômodo e se afastou.
Minutos depois, ela voltou ao local, e o suspeito tentou agarrá-la e beijá-la. Em depoimento à Polícia Civil, a funcionária contou que empurrou o agressor. Neste momento, ele teria agarrado e apalpado o seio da jovem, que saiu do provador gritando.
A segurança do shopping e a Polícia Militar do Distrito Federal foram acionadas e encaminharam o suspeito à delegacia. De acordo com os agentes, o homem é indiano e tem cidadania belga.
Ele foi preso em flagrante pelo crime de importunação sexual e levado para a carceragem da Polícia Civil. O Iguatemi Brasília disse, por meio de nota, que está colaborando com as autoridades para a apuração do caso.
Pena mais rígida
A lei que tipifica crimes de importunação sexual entrou em vigor em 24 de setembro. Só nos primeiros 15 dias de vigência, o DF registrou cinco crimes com essa denominação.
Antes, a importunação ofensiva ao pudor era apenas uma “contravenção”, ou seja, um crime de menor potencial ofensivo. Com isso, a única pena prevista era de multa. Agora, o crime prevê penas de 1 a 5 anos de prisão, e e é inafiançável.
O texto também aumentou as penas nos casos de estupro coletivo, quando cometido por duas ou mais pessoas. Divulgação de imagens de estupro, cenas de nudez, sexo ou pornografia, sem o consentimento da vítima, também é passível de detenção.