Ibama apura mortes de pinguins 108 encontrados em praias de Florianópolis

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O Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente) apura o caso dos 108 pinguins encontrados mortos em Florianópolis no início da semana. O órgão ambiental vai investigar se há ilegalidade relacionada à atividade pesqueira nas regiões em que os animais foram encontrados. A suspeita é que eles tenham morrido afogado em redes de pesca.

Todos são da espécie pinguim-de-magalhães, que nesta época do ano faz a migração da Argentina para o litoral brasileiro em busca de alimento.

Duas instituições de proteção animal fizeram o resgate dos pinguins no início da semana. Vinte e oito pinguins foram resgatados pela ONG R3 Animal nas praias da Cachoeira do Bom Jesus e dos Ingleses. A instituição faz o monitoramento das praias diariamente.

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Outros 80 pinguins estavam boiando no mar, no Norte da Ilha. Equipe do Instituto Australis, que faz monitoramento em alto-mar com barcos, levou quatro horas pra recolher todos os animais. Um deles foi encontrado com vida.

Causas das mortes

O Projeto de Monitoramento de Praias fez a necropsia dos corpos. Alguns resultados já saíram e foi constatada asfixia por afogamento. A suspeita é que os pinguins tenham ficado presos acidentalmente em redes de pesca.

Segundo o Projeto, é comum que alguns animais não sobrevivam à viagem da Argentina ao Brasil. Mas que é a primeira vez que tantos pinguins são encontrados sem vida.

Ibama

O Instituto, que faz a gestão da pesca no litoral brasileiro, diz que fez o levantamento inicial e que vai usar os laudos das causas das mortes elaborados por outras instituições, compilando informações.

A ideia é identificar se as mortes têm ligação com a pesca e se, neste caso, há legalidade nos apetrechos usados naquelas regiões. Se for confirmado que itens não condizentes com o que a lei permite foram utilizados, poderá ser feito auto de infração.

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