Jovem morre em “brincadeira” de roleta russa

Lucas Speck Rodrigues, de 23 anos, chegou já sem vida ao hospital – Foto: Reprodução
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Um jovem de 23 anos morreu após levar um tiro na cabeça em um sítio na comunidade de Ribeirão da Areia, no interior de Pedras Grandes, no Sul de Santa Catarina, na noite deste domingo (4).

Por volta das 19h40, a Polícia Civil foi acionada para verificar uma ocorrência de disparo de arma de fogo, sendo que a vítima estava no pronto-atendimento do Hospital São José, em Criciúma.

O jovem chegou ao hospital já sem vida, levado em um veículo por outros dois homens, amigos da vítima.

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Eles informaram que no sítio onde estavam havia várias armas, todas com registro. E que a vítima teria ficado o dia todo com uma arma na cintura, efetuando um disparo sem querer, o qual a atingiu na região da cabeça.

Quando os policiais chegaram, os acompanhantes do jovem já não estavam mais no hospital. A vítima foi identificada como Lucas Speck Rodrigues, de 23 anos. A identidade foi confirmada à reportagem do ND+ pelo IGP (Instituto Geral de Perícias).

A polícia investiga o caso. Informações preliminares dão conta de que o jovem, natural de Morro da Fumaça, teria passado a tarde no local com amigos e estaria participando de uma brincadeira conhecida como “roleta russa”.

Nessa “brincadeira”, o participante coloca, geralmente, apenas um cartucho na arma, gira o tambor e fecha sem saber a localização da bala. Na sequência, a arma é apontada para a cabeça sendo efetuado um disparo.

Linha de investigação

A Polícia Civil abriu um inquérito para verificar se a causa da morte do jovem é proveniente de “roleta russa”.

Segundo o delegado responsável pelo caso, Gabriel Luiz Marcondes, o suicídio, por si só, não configura infração penal. Porém, caso haja indução ou a pessoa seja instigada ao ato, passa a ser configurado induzimento ou instigação ao suicídio com resultado de morte. Caso seja comprovada a hipótese, a pessoa pode pegar de dois a seis anos de prisão.

Um revolver calibre 36 e munições de calibre 36 e 380 foram apreendidas pela polícia. A arma utilizada na ação foi entregue à polícia pelo advogado do dono do sítio.

Ainda não há a confirmação de quantas pessoas estariam participando da “brincadeira” no local.

Ainda será apurado também, se alguém na confraternização estava com arma, se tinha esse porte e se a arma estava em situação regular. As oitivas das testemunhas devem ocorrer nos próximos dias.

ND Online

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