Justiça decreta 115 prisões preventivas de alvos da maior operação contra facção em SC

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A Justiça decretou nesta segunda-feira 115 prisões preventivas de investigados pela Diretoria Estadual de Investigações Criminais (Deic) na maior operação contra uma facção criminosa de São Paulo que atua em Santa Catarina.

Os policiais da divisão de Repressão ao Crime Organizado (Draco) da Deic foram informados da decisão judicial à noite pela vara do crime organizado da Capital. Segundo o delegado titular da Draco responsável pela apuração, Antônio Cláudio Seixas Joca, as preventivas saíram após a conclusão do inquérito policial enviado na semana passada à Justiça.

Até então, eram 112 os alvos da Deic que estavam com prisões temporárias decretadas. A maioria já estava presa anteriormente e teve nova prisão diante das suspeitas de articular crimes de dentro de cadeias catarinenses, Paraná, São Paulo e Mato Grosso do Sul. Conforme o delegado, o relatório final com 196 páginas incluiu quatro novos nomes e retirou um deles, alcançando o número de 115 pessoas indiciadas por crimes como tráfico de drogas e organização criminosa.

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As prisões temporárias venciam nesta terça-feira e com as preventivas os indiciados devem ficar presos até o julgamento. O caso irá agora para o Ministério Público, que decidirá se oferecerá denúncia criminal ou não. Depois, retornará para o juiz que decidirá pela abertura de ação penal ou arquivamento.

A operação contra integrantes da facção paulista em Santa Catarina aconteceu no dia 20 de abril. Além das 112 ordens de prisão, foram expedidas na época 40 mandados de busca e apreensão em Florianópolis, São José, Balneário Camboriú, Itajaí, Joinville, Araquari e Laguna. No total, 200 policiais foram mobilizados.

No dia 3 deste mês, na reportagem especial Linhas Vermelhas, o Diário Catarinense mostrou a atuação do bando a partir das 1,6 mil páginas da investigação da Deic. Segundo a polícia, presos aproveitavam a ausência de bloqueadores de sinal de telefones celulares nas principais unidades prisionais do Estado para planejar e gerenciar delitos.

A Deic levantou que suspeitos articulavam série de crimes como tráfico de drogas, compra e venda de armas do Paraguai, atentados a unidades policiais, recrutamento de adolescentes para o crime, lavagem de dinheiro, sequestros, roubos a bancos e até assassinatos.

Guerra com facção local

Nos últimos meses, a facção paulista trava conflito sangrento com a facção local de Santa Catarina pelo domínio de pontos de drogas, na Grande Florianópolis. A guerra entre as duas quadrilhas, conforme a Deic, é um dos motivos de homicídios registrados na região, principalmente no Continente (região do bairro Monte Cristo), e norte da Ilha, na Capital.

Fonte: DC

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