Um advogado de 42 anos de idade, residente em Camboriú, teve sua prisão preventiva decretada pela justiça por suspeitas de ter praticado tortura contra sua irmã, que possui 28 anos de idade, sofre de problemas mentais e é cadeirante.
O caso foi investigado pelo delegado Paulo Freyesleben, que cumpriu a ordem de prisão na sexta-feira passada e concluiu o inquérito nesta semana, encaminhando-o para a justiça. O delegado também está investigando a suspeita de que o advogado teria contratado um indivíduo para estuprar sua irmã.
A denúncia de maus-tratos contra a vítima foi recebida pela Polícia Civil através do Disque 100, e a Assistência Social de Camboriú trabalhou em conjunto para investigar o caso. Os irmãos, juntamente com o filho adolescente do acusado, residiam juntos desde a morte dos pais. Segundo o inquérito policial, os maus-tratos começaram em dezembro de 2021. “Pedimos a prisão preventiva devido aos indícios do crime de tortura contra a irmã, que é portadora de necessidades especiais. A prisão ocorreu por conta da tortura”, afirmou o delegado.
De acordo com o delegado, o advogado agredia, insultava, jogava água fria e trancava sua irmã em um quarto escuro, negando-lhe comida. A vítima é totalmente dependente de outra pessoa para se alimentar e realizar suas atividades diárias.
A polícia ainda está investigando a suspeita de que o advogado teria contratado uma pessoa para estuprar a irmã. “A suspeita de possível abuso sexual ainda está em fase de investigação, mas ainda há dúvidas. Isso precisa ser mais investigado”, explicou o delegado. Segundo informações recebidas pela polícia, o abuso teria ocorrido apenas uma vez e não teria sido cometido pelo advogado.
O delegado afirmou desconhecer os boatos que circulam em Camboriú sobre a existência de imagens de atos obscenos cometidos contra a vítima no celular do acusado. O celular foi apreendido, por ordem judicial, mas ainda não foi periciado.
“O celular foi apreendido por ordem judicial, mas o acesso não foi autorizado. Se os aparelhos forem necessários na instrução processual para obter mais provas, o judiciário autorizará e será encaminhado para a Polícia Científica extrair o conteúdo”, informou o delegado.
A Comissão de Defesa e Assistência das Prerrogativas dos Advogados da OAB de Camboriú acompanhou a ordem de busca e apreensão na casa do advogado, que ocorreu na sexta-feira passada, bem como a audiência de custódia que ocorreu no sábado, após a prisão preventiva.
A defesa emitiu uma nota