Médico condenado por estupros tem pena reduzida em recurso no TJSC

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O médico nutrólogo Omar César Ferreira de Castro, condenado por estuprar pacientes dentro de seu consultório em Florianópolis, teve a pena reduzida em recurso da 1ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC) nesta quinta-feira (21) após ter sido absolvido de dois dos sete crimes. Ele está preso desde 2016.

Na segunda instância, o réu foi sentenciado a 42 anos e quatro meses em regime inicial fechado, mais dois meses e seis dias em regime semiaberto. Na primeira instância, ele foi condenado a 62 anos, sete meses e seis dias de prisão em regime fechado.

O caso corre em segredo de Justiça e a reportagem não conseguiu detalhes sobre a sentença. A 1ª Câmara Criminal do TJSC considerou cinco dos sete estupros dos quais Castro foi condenado inicialmente.

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Na sentença inicial também foram reconhecidas duas tentativas de estupro de vulnerável, além de sete contravenções por molestar as vítimas. A reportagem perguntou ao TJSC se essas condenações foram mantidas, sem resposta até esta publicação.

Segundo o TJSC, os crimes considerados em segunda instância ocorreram entre 2013 e 2015. Já na primeira condenação, os delitos foram cometidos entre 2008 e 2016.

Prisão e inquérito policial

O inquérito da Polícia Civil foi entregue em 7 de março de 2016 ao Ministério Público (MPSC). O nutrólogo era investigado desde novembro de 2015 e foi preso na clínica em que trabalhava no Centro da capital catarinense em 16 de fevereiro.

Ele foi indiciado pela Polícia Civil por 16 estupros. “São oito crimes denominados de estupro contra vulnerável e oito crime de estupro tipo comum. No total, são 38 vítimas, só que para caracterizar ao Ministério Público, conseguimos provar oito situações, mais outras oito situações distintas”, afirmou o delegado Ricardo Thomé na época do indiciamento.

“Ele me agarrou, me beijou e fez massagem à força”, contou uma das vítimas em 2016, na época com 56 anos. Ela disse que os abusos ocorreram nas duas vezes em que se consultou com o nutrólogo, em janeiro deste ano. “Ele falou que eu era muito ansiosa, mandou eu ficar de costas, veio fazendo massagem no meu pescoço. Por trás ele me encostava muito”.

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