Ministério Público defende projeto de integração de polícias em Balneário Camboriú

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O promotor Isaac Sabbá Guimarães, que responde pelo controle externo da atividade policial em Balneário Camboriú, quer garantir a continuidade da força-tarefa entre Polícia Civil, Polícia Militar e Guarda Municipal, interrompida após a crise institucional causada pela prisão de seis policiais militares, no fim de maio. Segundo ele, o fato de haver um Termo de Ajuste de Conduta (TAC) que balizou a formação do grupo impede, em tese, que os membros desistam de uma hora para outra.

O TAC foi firmado pela 5ª Promotoria, responsável pelo meio ambiente. No documento, uma empresa que respondia por irregularidade ambiental se comprometeu a adaptar um espaço na Passarela da Barra para que sirva como sede da força-tarefa. Polícia Civil, Secretaria de Segurança de Balneário Camboriú e Polícia Militar foram incluídas no TAC, e a obra deve ser entregue nos próximos dias.

O Ministério Público arbitrou a criação da força-tarefa, que é inédita no Estado. O grupo deverá atuar no combate a crimes ambientais, cibernéticos e contra o patrimônio, que hoje a Polícia Civil não dá conta de investigar sozinha por falta de efetivo. A proposta é de troca de informações e trabalho em parceria.

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A ideia já havia passado pelo crivo da Procuradoria Geral do Estado e pelo secretário de Segurança, César Grubba, como alternativa para melhorar as estatísticas de violência.

Em Balneário, a ação conjunta promete melhorar o índice de resolubilidade. Hoje, por falta de investigação, 50% dos relatórios de inquérito que chegam ao Ministério Público são inconclusivos.

ENTREVISTA – Isaac Guimarães, promotor de Justiça

“O MP não está aqui para brincar”

Há futuro para a força-tarefa?
É uma situação que pretendo contornar. Há um compromisso, um TAC assinado, não se pode ¿não fazer¿. O Ministério Público não está aqui para brincar. Temos que ultrapassar as vaidades, o corporativismo.

Houve resistência na Câmara de Vereadores, pela inclusão da Guarda Municipal.
O Estado está cada vez mais complexo, não podemos impedir que haja a troca. É atraso, não é favor para a comunidade sob o aspecto político. Que se convoque uma audiência pública, convocando a comunidade de Balneário Camboriú para que ouça o projeto e saiba o que queremos.

A força-tarefa ajudará a melhorar o índice de resolubilidade?
O foco é em crimes ambientais, crimes contra o patrimônio e crimes de internet. A delegacia da comarca não tem equipe de investigação, só cumpre plantão. A força-tarefa canalizaria um grupo para atuar nesses crimes, e a longo prazo veríamos resultados.

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