Morre a jaraguaense Álida Grubba, considerada a pessoa mais velha da América do Sul

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Morreu na manhã desta sexta-feira, 23 de dezembro, a jaraguaense Álida Victoria Grubba Rudge, que comemorou 113 em julho deste ano e era considerada a pessoa mais velha da América do Sul pelo Gerontology Research Group, dos Estados Unidos. Nesta lista, ela era a 18ª pessoa mais idosa do mundo.

Ainda não há informações sobre a causa da morte. Apesar da idade, Álida não tinha problemas graves de saúde e era lúcida: em entrevista ao jornal A Notícia em julho deste ano, ela contou que seu único incômodo era não poder mais andar. No entanto, ela praticava atividades diariamente para exercitar o cérebro e lia o jornal todas as manhãs para se manter informada. Além disso, gostava de beber uma dose de Schnapps e uma cerveja Malzbier de vez em quando.

Darci Holz, que era cuidadora de dona Álida há 19 anos, conta como foram os últimos momentos da idosa.

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— Ela estava lúcida, pediu para se virar, segurou a minha mão e se foi —, conta, emocionada. Álida faleceu por volta das 11h30.

Darci ainda contou que os familiares já estavam todos em Jaraguá do Sul para celebrar o Natal em família.

— Jogou baralho anteontem, estava boa —, fala.

Sua atividade preferida era passear de carro pelas cidades da região, como Joinville, São Bento do Sul e Corupá — lugares que ela conheceu quando ainda eram muito diferentes. Quando nasceu, o Brasil tinha apenas 17,4 milhões de habitantes, de acordo com a estimativa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE); e era comandado pelo quinto presidente, o advogado Rodrigues Alves, que havia assumido no final de 1902. O atual presidente interino, Michel Temer, marca o 37º governo brasileiro.

Filha de Bernardo Grubba e Maria Moser, ela nasceu em 10 de julho de 1903 e ainda vivia no casarão construído pelo pai em 1905, na rua Epitácio Pessoa. Casou com o paulista Manoel Rudge, com quem teve um filho, o coronel reformando do Exército Adhemar Rudge, de 89 anos, que hoje mora em São Paulo.

Durante o século passado, Álida presenciou a história de grandes conflitos, como as revoltas da Vacina e da Chibata, a Guerra do Contestado, a Primeira e a Segunda Guerras Mundiais, além da Revolução de 1930 e o golpe militar. Grandes invenções também estavam chegando ao País, como o primeiro automóvel, que desembarcou no Brasil cerca de dez anos antes de a jaraguaense nascer, e o telefone, que existia havia apenas 20 anos em território brasileiro.

(Por A Notícia)

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