Motorista acusado de matar duas jovens em Gaspar vai a júri popular

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A Vara Criminal de Gaspar, no Vale do Itajaí, determinou nesta quinta-feira (6) que Evanio Wylyan Prestini, motorista do Jaguar envolvido na batida que matou duas jovens na BR-470, vá a júri popular. A Justiça também manteve a prisão preventiva dele. Cabe recurso da decisão.

A defesa de Prestini afirmou que vai recorrer da decisão. O réu vai responder por duplo homicídio, três tentativas de homicídio e por dirigir embriagado, conforme sentença da juíza Camila Nicoletti. Ele está preso no Presídio Regional de Blumenau, no Vale do Itajaí.

A batida ocorreu em 23 de fevereiro. Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), o motorista acusado estava sob efeito de álcool e em alta velocidade na hora do acidente. Ele chegou a ser gravado por outros condutores fazendo zigue-zague na rodovia. Prestini teve a prisão preventiva decretada um dia depois da batida e segue preso. Outras três jovens ficaram feridas na batida.

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O Jaguar envolvido na batida estava a 92 km/h no momento da colisão, concluiu o Instituto Geral de Perícias (IGP). A velocidade máxima no local é de 80 km/h.

Na decisão, a juíza escreve que “o acusado assumiu esse risco de produzir o resultado morte”. O Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) havia denunciado o motorista com duas qualificadoras, de perigo comum e por não dar chance de defesa às vítimas. Porém, a juíza decidiu por retirá-las. Segundo ela, dirigir embriagado já implica perigo comum e o dolo eventual não é compatível com a intenção de não dar chance às vítimas.

Denúncia

Segundo o MPSC, em 23 de fevereiro, Prestini dirigia embriagado um carro Jaguar pela BR-470. Ele trafegou por mais de 100 quilômetros de forma perigosa e, por volta das 6h, no km 43, invadiu a pista contrária. Dessa forma, as vítimas não tiveram qualquer chance de evitar a batida.

O Jaguar colidiu de frente com um Palio. Morreram no acidente Suelen Hedler da Silveira, de 21 anos, e Amanda Grabner Zimmermann, de 18 anos. Ficaram feridas outras três jovens, incluindo a motorista do Palio.

O Poder Judiciário determinou que ele pague pensão à família de uma das vítimas e o tratamento de saúde de uma das sobreviventes.

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