Desaparecidos há quatro meses, desde que saíram para realizar uma corrida, dois motoristas de aplicativo de Chapecó, no Oeste de SC, foram encontrados mortos nesta quarta-feira (19), no interior do município. Os corpos, já em avançado estado de decomposição, estavam enterrados em covas dispostas lado a lado, no meio de um matagal, no distrito de Alto da Serra.
A identificação das vítimas foi confirmada pelo delegado à frente do caso, Vagner Papini. Familiares, no entanto, ainda não compareceram ao Instituto Médico Legal para reconhecer os corpos, segundo a assessoria do Instituto Geral de Perícias (IGP).
Ambas as vítimas tinham sido vistas pela última vez no dia 20 de janeiro. Entenda tudo o que já se sabe sobre o crime.
Quem são as vítimas
Simone da Silva Filho, de 32 anos, era motorista de aplicativo e trabalhava, temporariamente, com o mesmo carro ocupado por Evanir Pires do Santos Taborda, de 34 anos, também condutor de passageiros em corridas acionadas pela internet.
As vítimas não teriam ligação familiar, segundo informações divulgadas à época do desaparecimento. Contudo, na quarta-feira (19), a polícia revelou que os dois tinham um relacionamento amoroso.
Como teria ocorrido o crime
A polícia ainda não revelou a dinâmica do crime, mas adiantou que as vítimas foram mortas a tiros e que os supostos desaparecimentos passaram a ser tratados como homicídios duplamente qualificado.
Responsável pelo caso, o delegado da Divisão de Investigação Criminal (DIC), também disse que as vítimas teriam relatado sofrer ameaças antes de sumirem, mas não repassou detalhes.
Quem são os suspeitos
Conforme Papini, testemunhas e outras pessoas seguem sendo ouvidas para se chegar, efetivamente, aos autores do crime.
De acordo com o delegado, o duplo homicídio contou com o envolvimento de pelo menos duas pessoas, uma delas responsável por abandonar o carro, até então usado pelas vítimas, em uma cidade gaúcha.
Qual seria a motivação
Ainda é prematuro afirmar qual seria a motivação dos homicídios, informou o delegado. Segundo Papini, a investigação é bastante complexa e trabalhada “por partes”.
Chinelo em matagal facilitou busca
Responsável pelo caso, o delegado Vagner Papini, da Divisão de Investigação Criminal (DIC) da Polícia Civil, disse ao Diário Catarinense que a localização dos corpos foi possível por meio de informações levantadas durante as investigações:
” Depois de inúmeras diligências, fomos a campo e durante a noite de ontem (18) e esta madrugada (19), fizemos inúmeras escavações na região indicada, mas não encontramos os corpos. Achamos, no entanto, o chinelo de uma das vítimas, o que nos deu convicção sobre a localização.”
Já pela manhã desta quarta, o Corpo de Bombeiros foi acionado e prestou apoio à polícia, com um cão farejador. O animal localizou a primeira cova, onde o homem estava enterrado. Ao lado dele, foi encontrada a ossada da mulher.
Por Diário Catarinense